maio 2, 2014
Eike Batista é reeleito para a presidência do conselho de antiga OGX
Investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, o empresário Eike Batista foi reconduzido à presidência do conselho de administração da Óleo e Gás Participações (OGPar), antiga OGX, empresa que está em recuperação judicial. Ao ter sua candidatura apresentada por procuradores nesta sexta-feira (2), em assembleia geral ordinária, ele foi criticado por acionistas minoritários. Porém, acabou aprovado ainda assim, já que ainda detém a maioria das ações com direito a voto. O mandato é de um ano. Os outros seis conselheiros, entre eles seu pai, o engenheiro Eliezer Batista, também foram reconduzidos. Eike é investigado por supostamente ter praticado os crimes de manipulação de mercado, ao incentivar investidores a comprar ações da empresa em sua conta no "Twitter" quando já se sabia das dificuldades da OGX, e por "insider trading", ao ter vendido ações antes de ter divulgado que as reservas da empresa seriam revistas para menos do que inicialmente previsto. Acionistas minoritários também criticaram e votaram contra a remuneração global prevista para os sete conselheiros – entre eles Eike – e os três membros da diretoria executiva, no valor anual de R$ 21,015 milhões. O advogado Jorge Lobo, acionista minoritário, questionou o fato de Eike, na condição de controlador, ter o poder de aprovar toda a pauta da assembleia, além da proposta de sua reeleição para o conselho, por deter a maioria das ações com direito a voto. Por isso, ele pediu que os representantes do empresário na assembleia se abstivessem de votar, mas seu pedido não foi acolhido pelo presidente da assembleia e da OGPar, Paulo Narcélio Amaral. Informações da Folha de S. Paulo.