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27 September 2024

Sergio Moro critica libertação de um dos assassinos do menino João Hélio

O ministro da Justiça, Sergio Moro, usou seu Twitter nesta sexta (30) para se posicionar sobre a liberação de Carlos Roberto da Silva, um dos assassinos de menino João Hélio. Em 2007, a criança de apenas 6 anos morreu depois de ter sido arrastada por 7 quilômetros pelas ruas do Rio de Janeiro.

“Responsável por assassinato brutal de criança, embora condenado a 39 anos de prisão, foi na prática libertado após dez anos. Barata a vida humana no Brasil. Em outros países, seria perpétua. O projeto de lei anticrime, se aprovado, impediria essa vergonhosa injustiça”, escreveu o ministro.

A postagem de Moro foi publicada em resposta a um comentário da autora Glória Perez, que lamentou a ordem da Justiça. “Que venha o pacote do Moro, para que nunca mais a extrema crueldade contra uma criança seja premiada com a impunidade!”, disse ela.

Na quinta-feira, a Vara de Execuções Penais do Rio decidiu conceder a progressão da pena de Carlos Roberto para o regime aberto. Ele vai cumprir o restante da pena em casa.

De acordo com a determinação da Justiça, Carlos Roberto deverá ficar na residência em tempo integral nos dias de folga, sábados, domingos e feriados. Não poderá sair de casa das 22h às 6h. Também terá que usar tornozeleira eletrônica.

Carlos Roberto, conhecido como Sem Pescoço, foi condenado a 39 anos de prisão. As penas dos demais comparsas chegaram a 45 anos de reclusão.

Relembre o caso

No dia 7 fevereiro de  2007, o carro que transportava João Hélio estava parado em um semáforo da Zona Norte do Rio quando quatro homens anunciaram o assalto. A mãe e a irmã conseguiram sair do veiculo, mas João Hélio, de apenas 6 anos, ficou preso ao cinto de segurança. Os bandidos levaram o carro, arrastando o menino por quase sete quilômetros. Apesar de avisos de quem passava pelas ruas, os criminosos recusaram-se a parar o veículo.

Em janeiro de 2008, a juíza Marcela Assad, da 1ª Vara Criminal de Madureira, no Rio de Janeiro, condenou os quatro envolvidos na morte de João Hélio Fernandes pelo crime de lesão corporal grave resultante em morte. Diego Nascimento da Silva, Carlos Eduardo Toledo Lima, Carlos Roberto da Silva, e Tiago Abreu Matos receberam sentenças de prisão diferenciadas, que vão de 39 a 45 anos de reclusão em regime