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28 September 2024

Alerta Vaper: mulher fica em coma após desenvolver doença pulmonar misteriosa

A americana Sherie Canada entrou em coma após desenvolver uma doença pulmonar misteriosa em junho deste ano. Agora, que voltou a consciência, ela quer usar o seu caso para alertar fumantes de vaporizador, conhecido como vaper, e cigarros eletrônicos dos perigos do produto.

Após três anos fumando vaper, ela adoeceu

Segundo contou, ela começou a fumar vaper e cigarros eletrônicos há três anos e meio porque achava que era mais seguro do que fumar um cigarro. No início de 2019, Sherie lembra que começou a sentir dores no peito, perda de peso inexplicada e passou a apresentar tosse, mas ela não deu muita bola, até que alguns meses atrás, seus sintomas se intensificaram.

SHERIE CANADA CONTOU QUE FOI A EXPERIÊNCIA MAIS ASSUSTADORA DE SUA VIDA. (FOTO: REPRODUÇÃO/THE SUN)

Após passar mal, ela precisou ser socorrida às pressas enquanto lutava para respirar. No hospital foi constatado que o tecido pulmonar da usuária de vaper estava inflamado, mas após ser medicada, ela recebeu alta e foi liberada com uma receita de antibióticos. No entanto, no dia seguinte, a dor no peito aumentou e  Sherie precisou voltar ao hospital.

Finalmente, com a realização de novos exames, foi descoberto que a paciente também apresentava coágulos sanguíneos e líquidos nos pulmões. Devido a gravidade, ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou por seis dias até que precisou ser colocada em coma induzido por medicamentos.

Médicos culpam o vaper pela doença

Conforme o site The Sun, os médicos explicaram para Sherie que o uso do vaper é a mais provável causa de ela ter ficado gravemente doente. Por isso, depois de três semanas hospitalizada, ela quer usar seu caso para alertar as pessoas sobre os perigos de fumar vaper ou cigarros eletrônicos.

Aumento de doenças pulmonares dos EUA

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) na América, houve um aumento nos registros de casos de doenças pulmonares e todos os casos relatados têm em comum um histórico de uso de vaper e de cigarro eletrônico. Destes, seis pacientes acabaram não resistindo e morreram.

Os cigarros eletrônicos funcionam aquecendo um líquido para produzir um aerossol que os usuários inalam nos pulmões. O líquido pode conter óleos de nicotina, tetra-hidrocanabinol (THC) e canabinóide (CBD) e outras substâncias e aditivos.

Embora os médicos tenham identificado o uso de vaper e de cigarro eletrônico entre os doentes, eles ainda não sabem o que especificamente tem causado as doenças pulmonares, por exemplo, se é uma substância usada em todas as marcas, ou alguma substância nociva a saúde utilizada em alguns produtos, ou mesmo, apenas o fato de fumar esse tipo de artefato.

Estudo sobre o uso de vaper ainda não chegou a nenhuma conclusão

O CDC disse na semana passada que “nenhum produto isolado foi associado a todos os casos de doença pulmonar e que os resultados iniciais de uma [recente] investigação sobre doenças pulmonares graves associadas a produtos de cigarro eletrônico apontam semelhanças clínicas entre os afetados.

Segundo o estudo, enquanto muitos dos pacientes, mas não todos, relataram uso recente de produtos contendo THC, alguns relataram usar apenas produtos contendo nicotina.

“Nenhuma evidência de doenças infecciosas foi identificada nesses pacientes; portanto, doenças pulmonares provavelmente estão associadas a uma exposição química. No entanto, é muito cedo para identificar um único produto ou substância comum a todos os casos”.

Robert Redfield, diretor da organização, explicou que mais de 25 estados relataram possíveis casos de doenças pulmonares associadas ao uso de produtos de cigarro eletrônico e declarou estar “comprometido em descobrir o que está deixando as pessoas doentes”.

No início da semana passada, o presidente americano Donald Trump anunciou tentativas de proibir quase todos os produtos vaper com sabor nos EUA. Mas ele pareceu mudar de ideia na sexta-feira, twittando que gostava da alternativa vaper aos cigarros, mas as falsificações deveriam ser mantidas “fora do mercado”.