O ódio alimentado contra Deltan Dallagnol só depôs a favor dele
uviu-se muito barulho, durante boa parte do ano passado, sobre as graves, talvez gravíssimas, denúncias legais que estariam pairando em cima do procurador Deltan Dallagnol — a besta-fera de lulistas, garantistas e liberalistas que, a partir de suas ações no Ministério Público do Paraná, tanta dor de cabeça tem dado nesses últimos cinco aos acusados de corrupção e outros crimes da era Lula-Dilma.
O moço foi acusado de ser o Robespierre das Araucárias, de fazer uso de provas falsas e de ameaçar a democracia. Foi descrito como o inimigo número um do direito de defesa no Brasil. Mais que tudo, imaginem só uma coisa dessas, foi gravado em conversas com ninguém menos que o ex-juiz Sergio Moro — prova definitiva, segundo um intrépido “jornalista investigativo” americano e toda a mídia que foi na sua cola, de que a Operação Laja Jato, no mínimo, tinha de ser anulada do começo ao fim
É questão ainda aberta ao debate saber se Dallagnol é ou não um bom procurador público. Mas é certo que ele é odiado do fundo da alma por Lula, pelos parceiros de ladroagem do ex-presidente e pelo ministro Gilmar Mendes, entre outras sombras do STF — e esse conjunto de ódios, com toda certeza, só pode depor a favor dele.
Agora, no final do ano, a impressão se confirmou. O corregedor nacional do Ministério Público mandou arquivar, de uma vez só, todas as cinco denúncias que haviam sido apresentadas contra Dallagnol por seus adversários no Conselho Nacional do MP. Não viu, em nenhuma delas, a menor razão objetiva para se fazer qualquer tipo de procedimento contra o acusador da Lava Jato.
Resumo da ópera: quem ficou prestando atenção no barulho de arquibancada levantado por causa das “denúncias”, e chegou a dar o procurador por morto, só perdeu o próprio tempo.