Com base em testemunhas do acidente, tanto pessoas em terra como tripulantes de outros voos, o relatório afirma que foi observado um incêndio na aeronave e que a explosão subsequente ocorreu devido à colisão com o solo.
A Agência de Aviação Civil do Irã disse que o avião se dirigiu inicialmente para oeste e, “após a ocorrência do problema, virou à direita e no momento do acidente estava em rota de regresso ao aeroporto” internacional da capital iraniana.
A aeronave desapareceu dos radares a uma altitude de 8.000 pés, de acordo com o relatório, que detalha que “nenhuma mensagem de rádio do piloto foi recebida em circunstâncias incomuns”.
Em relação às caixas pretas, a agência informou que elas foram “danificadas” pelo acidente e o incêndio do avião, que fazia o trajeto de Teerã a Kiev.
Como a tragédia coincidiu com o ataque de mísseis do Irã contra uma base militar no Iraque com a presença de tropas dos Estados Unidos, começaram a surgir especulações sobre se o avião tinha caído acidentalmente.
Na quarta-feira (8), o governo de Kiev se manteve cauteloso sobre as causas do acidente e o presidente do país, Vladimir Zelenski, pediu “com veemência que todos se abstenham de especular e lançar hipóteses não contrastadas até a divulgação de informações oficiais sobre a catástrofe”.
O porta-voz do Exército iraniano, Abolfazl Shekarchi, rejeitou nas últimas horas que um míssil tenha abatido o avião e descreveu a informação como “ridícula” e “uma mentira absoluta”.
Um grupo de peritos ucranianos deverá participar da investigação do incidente e ajudar a identificar as vítimas.
De acordo com a companhia aérea ucraniana, 82 iranianos, 63 canadenses, 11 ucranianos (dois passageiros e nove tripulantes), dez suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos estavam no avião, embora as autoridades do Irã tenham contado 146 iranianos ao considerarem pessoas com dupla nacionalidade.