Uma operação das polícias da Bahia e do Rio de Janeiro tentou, mas não conseguiu prender na sexta-feira (31), em um condomínio na Costa do Sauípe, o ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, de acordo com a Folha.
Ele é acusado de comandar a mais antiga milícia do Rio de Janeiro e também é citado na investigação que apura a prática de “rachadinha” no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O ex-PM ficou de fora da lista de mais procurados do país divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os policiais não localizaram Nóbrega no condomínio na Bahia. No local, só estava sua mulher, Júlia Melo, e duas filhas do casal, uma de 17 anos, outra de 7. Elas estariam passando férias no endereço.
O ex-policial está foragido há mais de um ano. A operação foi comandada por policiais civis do Rio, com base em uma ordem de prisão expedida no ano passado.
Júlia disse que à revista Veja a operação foi truculenta. “Eles quebraram a minha porta, arrancaram o forro do teto da casa, me xingaram de puta e piranha, e botaram um fuzil na cabeça de uma criança de sete anos, perguntando: ‘Onde está o seu pai?’”.
A Polícia Civil baiana afirmou à Folha que um eventual desvio de conduta de quem participou da ação será investigado pela Corregedoria da Polícia Civil da Bahia, “assim que o caso for devidamente notificado”.
Já a Polícia Civil do Rio diz que recebeu informações sobre o paradeiro de Nóbrega e enviou um delegado e dois agentes de sua subsecretaria de inteligência para a Bahia.