Após reunião com governadores, Bolsonaro sinaliza sanção a projeto de socorro aos estados
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu, nesta quinta-feira (21), em videoconferência, com os governadores dos estados brasileiros. Eles discutiram a proposta de ajuda do governo federal aos estados, que tem como principal embate o congelamento de salário dos servidores públicos até o fim de 2021 como contraproposta.
Após falas dos governadores do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do Espírito Santo, Renato Casagrande, e de São Paulo, João Doria, Jair Bolsonaro sinalizou que irá sancionar o projeto que socorro “o mais rápido possível” após ajustes técnicos.
Bolsonaro citou “esforço de todos em busca de mitigar os problemas dos afetados pela crise sem dimensão” e pediu para que todos trabalhem em conjunto para vencer a doença causada pelo novo coronavírus.
De acordo com ele, a proposta inicial era o corte dos salários dos servidores em 25%. Porém, após análise, descobriu-se que congelar a remuneração teria peso menor. “O remédio é o menos amargo”, alegou.
Ele citou que trabalhadores formais e informais já sofreram os impactos e o governo federal precisa de uma contrapartida. A ajuda prevista aos estados e municípios é de, aproximadamente, R$ 60 bilhões.
O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, agradeceu a construção coletiva da proposta, elaborada e debatida pela equipe econômica, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. “Guedes, Maia e Alcolumbre conseguiram debater e chegar em um texto consensual.”
Ele se posicionou favorável ao veto do destaque que previa reajuste salarial aos servidores públicos em nome dos 27 governadores. “Todos pedem a sanção devido a queda brutal da atividade econômica que atingiu trabalhadores, empresários e o governo.”
Azambuja pediu a liberação da primeira das quatro parcelas do socorro ainda no mês de maio. Ele foi endossado tanto por Renato Casagrande, do ES, quanto por João Doria, de São Paulo, que reforçou “apoio integral” ao que disse o chefe do executivo do MS.
Doria reforçou o que já adiantou nos últimos dias, de que a prioridade diante da crise é proteger os brasileiros. “A existência de uma guerra coloca todos em derrota. Ninguém ganha com uma guerra. Nós precisamos estar unidos e esse é o sentido dessa reunião”, completou.