No centro das atenções desde que Fabrício Queiroz foi preso em um escritório seu em Atibaia na quinta (18/06), Frederick Wassef revelou em entrevista à CNN Brasil na noite de domingo (21/06) que deixará de trabalhar para a família Bolsonaro.
“Para estancar todo esse estrago que está sendo feito na imagem [do presidente Jair Bolsonaro], amanhã estarei saindo do caso Flavio Bolsonaro para que deixem de me usar para atingir o presidente”, disse ele. “E, por todo e qualquer dano de imagem que eu possa ter causado, eu peço desculpas ao presidente e ao senador”, afirmou ainda.
Entenda o caso
O ex-policial militar Fabrício Queiroz foi preso em uma operação desencadeada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em conjunto com a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Os investigadores identificaram R$ 2,9 milhões na conta de Queiroz. O montante não é compatível com a renda do ex-PM e ex-assessor. Desse valor, cerca de R$ 2 milhões chegaram às mãos de Queiroz por meio de 483 depósitos. Em dezembro de 2019, o MPRJ indicava a ação que envolve 13 assessores do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
Esses assessores, que a investigação aponta como funcionários fantasmas, teriam repassado os salários ao operador do esquema. Para não levantar suspeita, as operações bancárias ocorriam assim: 69% eram em espécie, 26% por transferências e 5% em cheque.