As prisões são de três “clientes” da chamada Máfia dos Concursos: dois servidores suspeitos de fraudar o processo seletivo da Educação, ambos monitores, e um funcionário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), inserido nas investigações.
Um outro membro da organização criminosa, que não havia sido preso nas fases anteriores, também acabou detido. Ele é servidor do INSS, investigado também pelo suposto crime no concurso. Por isso, foi cumprido, ainda, um mandando de busca na sua estação de trabalho localizada na Agência da Previdência Social de Cristalina (GO) (foto principal).
A ação é conduzida pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado da Coordenação Especial de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Cecor).
Os investigadores estiveram nos endereços dos três fraudadores e de sete integrantes da organização criminosa, já detidos anteriormente nas duas primeiras fases da operação. Todos foram condenados criminalmente pelas fraudes e por organização criminosa.
Os alvos encontravam-se em Ceilândia, Guará, Recanto das Emas, Vicente Pires, Valparaíso (GO) e Cristalina(GO). A PCDF contou com o apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO). Cerca de 70 policiais participaram da operação.
Os três funcionários públicos alvos da ação também são suspeitos de tentar fraudar o concurso público do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2015, alvo da terceira fase da Operação Panoptes, desencadeada em dezembro de 2019. À época, os policiais cumpriram 13 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal.
Na ocasião, 10 servidores figuravam como suspeitos. Cinco deles já foram demitidos pelo órgão após conclusão de processo de sindicância fundado em provas do inquérito policial presidido pela Cecor.
Primeira fase
Na primeira fase da Operação Magister, 11 mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão foram cumpridos. Seis deles contra professores.
No inquérito policial que apura a ação fraudulenta no processo seletivo da Secretaria de Educação, 12 pessoas acabaram indiciadas pelo crime de integrar ou participar da organização criminosa e 18 servidores pela fraude ao certame, incluindo os dois monitores alvos da operação desta terça e os seis professores alvos da operação anterior.