Desde a saída de Weintraub, Bolsonaro tentou nomear dois ministros, mas ambos não resistiram à pressão e acabaram não assumindo o MEC. O primeiro foi Carlos Alberto Decotelli, nome que surpreendeu por estar fora do radar dos cotados. O outro, Renato Feder, secretário de Educação do Paraná, chegou a encabeçar a lista de favoritos logo que o cargo de ministro ficou vago.
Decotelli renunciou antes mesmo de tomar posse por incluir falsas qualificações no currículo. Ele chegou a chefiar o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) antes de o órgão ser entregue ao Centrão, mas não resistiu à pressão de ter sido desmentido por duas universidades onde teria feito doutorado e pós-doutorado.
Já Renato Feder, que havia sido chamado ao Palácio do Planalto para uma conversa com Bolsonaro logo após a saída de Weintraub, chegou a dizer que fora convidado e aceitado, antes de informar, após pressões de olavistas e militares, que recusava o cargo. Ele foi indicado depois da exoneração de Decotelli.
Em um ano e sete meses de governo, o próximo ministro será o terceiro nome a, de fato, ocupar a cadeira de ministro da Educação. Antes de Weintraub, Ricardo Vélez Rodrigues, primeiro escolhido de Bolsonaro, deixou o cargo após se envolver em uma série de polêmicas, entre elas a publicação de edital autorizando compra de livros com erros e propagandas e o pedido de filmagem de crianças cantando o Hino Nacional.