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24 September 2024

Por conta dos preços altos, baianos terão que trocar o peru de Natal pela codorna

Aquela fartura que se via nas ceias de Natal vai ter que dar uma enxugada este ano, principalmente pelo aumento no preço dos alimentos e também por não poder ainda ter aglomerações, uma vez que a pandemia do novo coronavírus não acabou. O salpicão vai ter de ser menor, o peru racionado e o panetone só se for mini. Segundo um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a ceia natalina ficou 19% mais cara em 2020, já descontada da inflação.

Por conta dessa alta nos valores, a ceia de Juliana Souza, 24 anos, não vai ser a mesma que a dos outros anos. “Vai ser fraquinha, porque está tudo mais caro este ano, até as coisas que a gente mais precisa”, reclamou. Juliana ficou desempregada em meio à pandemia da covid-19.

O peru de 3kg do ano passado, segundo ela, custou R$ 54. Agora, a mesma quantidade não custa menos que R$ 70. Já o queijo reino virou artigo de luxo: é uma raridade se encontrar por menos que R$ 74 nos supermercados, podendo chegar a R$ 99,09 como visto no Hiper Ideal do bairro da Pituba.

A corretora de imóveis Cátia Castro, 54, já tirou esse vilão da lista de compras: “Esqueça! Queijo reino não vai entrar. A gente vai ter que se adaptar com outros tipos de queijos, você pega umas fatias e monta uma tábua”, argumentou a corretora. Cátia ainda diz que o peru vai ser menor e o salpicão também não vai ser naquela quantidade para ficar guardado na geladeira. “Os preços estão absurdamente caros e a ceia de Natal vai ter que se adaptar. Se você comprava um peru de 5kg agora vai ser de 3kg, o salpicão vai ter que diminuir também as quantidades… não tem jeito, a tendência é essa”, lamentou.

Correio