Mesmo após adiamento da validade, testes para Covid-19 comprados pelo governo correm risco de expirar
Mesmo após o adiamento do prazo de validade dos testes RT-PCR para detecção do coronavírus autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Ministério da Saúde terá que se apressar para conseguir distribuir todos os 6,5 milhões de exames, ainda estocados, para o Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o início da pandemia, foram utilizados 7,9 milhões de testes.
No início de dezembro, o governo decidiu adiar a data de vencimento dos exames comprados para a Covid-19 de dezembro para abril e de janeiro para maio. Isso significa que o ministério tem no máximo quatro meses para distribuir todos os testes.
Desde maio, diversos profissionais da área da saúde alertaram sobre a falta de planejamento da compra dos exames de diagnóstico. O SUS não foi equipado com os insumos necessários para obter capacidade de análise de todos os testes comprados pelo governo. A detecção da infecção é feita com o uso de materiais como cotonetes “swab” e máquinas para investigação de amostras coletadas.
Os testes estão armazenados em um galpão do Ministério da Economia no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Além dos 6,5 milhões do governo, ainda estima-se que existem cerca de outras três milhões de unidades guardadas em posse dos Estados.