Falta de vacina e nova variante da Covid-19 acendem sinal de alerta em Salvador, diz prefeito
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número de novos casos da Covid-19 em Salvador tem aumentado nos últimos dias, o que leva a gestão municipal a abrir novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e começar a se preocupar com a variante do vírus, a mesma identificada na cidade de Manaus, capital do Amazonas. Na manhã desta quinta-feira (11), durante coletiva, o prefeito Bruno Reis (DEM) anunciou novas ações de combate à doença como a criação de um novo gripário para aliviar a demanda das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e a criação de 10 leitos no Hospital Santa Clara.
O aumento do novos casos acontece em meio à escassez de vacinas para imunizar os grupos considerados prioritários, como os profissionais da saúde e idosos, e a circulação da mesma linhagem do SARS-CoV-2 e que é considerada mais infecciosa.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a capital baiana registrou nas últimas 24h um aumento de 0,74% de novos casos. Já nos últimos cinco dias o aumento foi de 1,84%. 3.229 casos são considerados ativos e 151 exames aguardam a validação do município.
“Quero chamar atenção para o número de casos, óbitos, fator RP de transmissão, que tem aumentado. Hoje amanhecemos com 74% de ocupação dos leitos de UTI, as UPAs estão cheias, já tomamos algumas decisões administrativas nesta manhã como ampliar o gripário em São Cristóvão para diminuir as pressões das UPAs. Amanhã vamos reabrir 20 leitos de UTI no hospital Santa Clara. É fundamental que neste momento as pessoas entendam que há o novo risco de uma Cepa estar circulando na cidade. A variante que estava circulando em Manaus já está em nossa cidade, temos que ter cuidado pois ela é 17 vezes mais agressiva do que aquela variante que circulava na primeira onda da doença”, disse o prefeito.
Vacinação
Nesta semana, a capital baiana recebeu às pressas 8 mil doses da vacina contra a Covid-19 do governo do estado para dar continuidade à campanha de vacinação de idosos de 85 a 87 anos. A cidade iria interromper temporariamente a campanha devido à falta de vacina em estoque, que afetou a imunização dos profissionais da saúde.
O secretário municipal da Saúde, Leo Prates, afirmou que Salvador recebeu do governo federal 108 mil vacinas, embora o plano do Ministério da Saúde era o envio de 170 mil. O número é insuficiente para vacinar todo o público prioritário, já que os profissionais da área de saúde representam o equivalente a 95.3% (103 mil) do valor recebido pelo município.