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27 November 2024

Agravamento da pandemia deve fazer PIB baiano cair no 1º trimestre de 2021, aponta SEI

O agravamento da pandemia a partir de janeiro afetou a economia baiana que já vinha em desaceleração desde dezembro do ano passado. Segundo dados analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o bimestre já registra retração de 13,0% com todas as atividades apresentando taxas negativas.

A Indústria, além da pandemia sofreu com o fechamento da fábrica da Ford, registrando quedas nos meses de janeiro e fevereiro. As restrições adotadas pelas autoridades governamentais e sanitárias atingiram diretamente o comércio varejista e os serviços.

O primeiro, além disso, ainda ressente da falta do auxílio emergencial, neste ano, registrando queda de 3,8% no bimestre, com desataque para atividade Hiper e supermercados com queda de 8,7%.

O setor de serviços que vem sendo diretamente afetada pela pandemia desde março de 2020 continua sofrendo as consequências das medidas adotadas para conter a transmissão do vírus. O bimestre já registra retração de 13,0% com todas as atividades apresentando taxas negativas.

As perspectivas para o setor de serviços, com maior peso no PIB baiano, são de que as atividades com característica de atendimento presencial, vão depender do controle da pandemia e do ritmo de vacinação para as pessoas se sentirem à vontade em procurar esses serviços, caso contrário continuarão apresentando taxas negativas nos próximos meses.

Indicadores antecedentes têm mostrado uma queda no ritmo da atividade econômica e da confiança de empresários e consumidores no 1º trimestre em meio às preocupações com o agravamento da pandemia, elevação da inflação, auxílio emergencial abaixo do esperado e aumento da taxa de juros.

Portanto, o primeiro trimestre está praticamente consolidado que vai apresentar uma queda no PIB, embora a Agropecuária mais uma vez surpreenda com uma safra próxima a de 2020.

Novas empresas

Impulsionado pela digitalização e aumento do desemprego, consequências da pandemia da Covid-19, o número de novas empresas abertas no estado vem registrando crescimento em 2021. Nos três primeiros meses deste ano, a Junta Comercial da Bahia (Juceb) registrou a abertura de 8.781 empresas, quase 50% a mais que no mesmo período do ano passado. Descontando-se as extinções, o trimestre teve saldo de 3.005 novos empreendimentos.

O crescimento dos registros, motivado pela digitalização do processo de criação das empresas e o desemprego elevado causado pela pandemia, que evidenciou o empreendedorismo como uma alternativa para compensar a perda de renda, foram os maiores responsáveis pelo aumento, segundo a Juceb. Com o atual estado da pandemia, a Junta possui incertezas sobre a manutenção dos novos negócios.