Serial killer que matava gays no Paraná é preso e confessa que queria matar um homossexual por semana
Um homem suspeito de matar dois homossexuais em Curitiba, no Paraná, e outro na cidade de Abelardo Luz, em Santa Catarina, todos em dia de terça-feira, foi preso pela polícia paranaense neste sábado (29/5). José Tiago Corrêa Soroka, de 32 anos, confessou os crimes e disse que tentava matar um gay por semana, sendo considerado um serial killer, ou assassino em série.
“Ele não marcava data. As terças-feiras eram coincidência, mas se programou para fazer um homicídio por semana para se manter financeiramente com o que pegava de pertences. Disse que estava gastando muito com drogas. Como durava apenas uma semana, precisava matar para roubar”, comentou ao UOL o delegado Thiago Nóbrega, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).
As vítimas são David Júnior Alves Levisio, ocorrida no dia 27 de abril e Marco Vinício Bozzana da Fonseca, morto no dia 4 de maio, ambas na capital paranaense, e Robson Olivino Paim, no dia 16 de abril, em Santa Catarina. A Polícia Civil apurou que, no 11 de maio, o suspeito tentou matar mais um homossexual, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Na ocasião, a vítima conseguiu resistir ao ataque, mas teve alguns bens subtraídos.
Soroka marcava com as vítimas por aplicativos de relacionamento entre homossexuais. Em um primeiro momento, o indivíduo trocava fotos com as vítimas e posteriormente se deslocava até a residência, ao chegar no o local as estrangulava. Após o sufocamento as cobria com cobertas. Todos os homens atacados moravam sozinhos.
A polícia conseguiu imagens de câmeras de segurança e divulgou fotos de Soroka. Com medo de ser reconhecido, ele parou de fazer vítimas e acabou sendo enconrado pela polícia. Apesar de ter confessado os assassinatos, Soroka não informou o porquê das vítimas serem todas homossexuais.
“Acreditamos que escolhia homens gays por algum trauma não resolvido. Nas palavras de um psicólogo que acompanhava o depoimento, ‘ele matava fora o que o matava por dentro’. Escolhia as vítimas homossexuais para matá-las mesmo e se aproveitava das mortes para roubá-las. Em nenhum momento optou por mulheres, homens heterossexuais ou idosos. Deu a impressão de que gostava de matar [homens gays]”, detalhou o delegado.
O suspeito não se preocupou em procurar um advogado porque “iria confessar tudo”. “Ele disse que tem outras vítimas, mas que não falaria se a gente não estivesse investigando. Só quis comentar sobre as que sabia da existência de uma investigação. É bem frio e calculista”, frisou Nóbrega.
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