‘Acho que Bolsonaro é gay’, diz Rodrigo Maia em entrevista

Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (sem partido), disse acreditar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é homossexual. A declaração foi dada em entrevista ao Derrete Cast.

Maia comentou que Bolsonaro “não consegue se assumir” por possuir “formação militar, que é muito atrasada, reacionária nesse aspecto da orientação sexual”. “Ele prefere dizer que é machão”, considerou.

“Eu acho, falando sério, que ele é (gay). E não tem nenhum problema. Não tem uma mulher trabalhando com ele que ele admire, tenha respeito. E qual o problema? Como teve formação militar, não consegue assumir o que é. Eu falo para todo mundo, as pessoas começam rindo e depois falam: ‘Acho que você tem razão’.”

Os entrevistadores repercutiram a declaração e lembraram que o presidente chegou a dizer que havia “voltado a namorar” com Maia, em tom de brincadeira, após uma reunião em maio do ano passado. O ex-presidente da Câmara afirmou que a suposta homossexualidade de Bolsonaro “não tem problema nenhum”.

“Tenho grandes amigos que são homossexuais assumidos. O (governador do Rio Grande do Sul) Eduardo Leite, cara maravilhoso, grande governador, assumiu agora”, afirmou. “Eu acho que, no fundo, o cara só briga com mulher, agride”, completou.

Jean Wyllys critica fala

A fala de Maia imediatamente gerou repercussão também nas redes sociais. O ex-deputado federal Jean Wyllys, por exemplo, criticou o ex-presidente da Câmara e considerou que Bolsonaro é “homofóbico, não um gay”.

“Querido Rodrigo Maia, deixe-me te explicar uma coisa: o genocida é seguramente misógino, sexista e machista, e tem doentia fixação no coito anal e inveja do gozo da homossexualidade. Tudo isto faz dele um homofóbico, não um gay. Gay sou: ser gay tem a ver com o orgulho de ser!”, escreveu no Twitter.

Maia respondeu, afirmando que Wyllys “pode ter razão”, ao que o deputado seguiu com a argumentação, apontando que Bolsonaro “pode ter (e talvez tenha) desejos e fantasias com a homossexualidade reprimidos”, mas que “nem todo homem que tem fantasias sexuais com a homossexualidade masculina, reprimidas ou não, é homossexual”.