Bolsonaro amplia IOF para arrecadar R$ 2 bilhões e bancar Auxílio Brasil
Aumentar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é a ideia do Governo Federal para gerar arrecadação extra de R$ 2,14 bilhões destinados a bancar o Auxílio Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família. O Planalto informou, na noite desta quinta-feira (16), que editou decreto neste sentido.
“A alteração de alíquotas do IOF causará aumento de arrecadação e beneficiará diretamente cerca de 17 milhões de famílias”, diz nota divulgada pelo governo.
“O presidente da República, Jair Bolsonaro, editou um decreto para alterar as alíquotas do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF), relacionados às operações de crédito para pessoas jurídicas e físicas. As novas alíquotas valerão no período entre 20 de setembro de 2021 e 31 de dezembro de 2021”, detalhou o Planalto, ainda sem revelar o quanto subirão essas alíquotas.
“Irá gerar um aumento de arrecadação estimado em R$ 2,14 bilhões. Esse valor permitirá a ampliação do valor destinado ao programa social Auxílio Brasil. A medida irá beneficiar diretamente cerca de 17 milhões de famílias e é destinada a mitigar parte dos efeitos econômicos danosos causados pela pandemia”, prossegue o comunicado.
Além disso, a alteração do IOF permitirá o aumento da cota de importação de bens destinados à Ciência e Tecnologia, o que viabilizará a continuidade de diversas pesquisas em andamento no país.
“A medida viabilizará, em especial, os projetos de pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas para o coronavírus na Fiocruz e no Instituto Butantan, os quais, hoje, são os maiores beneficiários deste regime fiscal”, informa também o Governo Federal.
“Por último, a medida também permitirá a redução a zero da alíquota da Contribuição Social do Pis/Cofins incidente na importação sobre o milho, o que deverá ter efeitos positivos sobre o custo da alimentação”, acrescentou o texto.
Por serem estabelecidas em decreto, as mudanças do IOF entrarão em vigor de imediato e não dependem de aprovação do Congresso Nacional. O efetivo aumento do Auxílio Brasil, por sua vez, ainda demanda medida legislativa própria, a ser enviada ao Congresso.
* Com informações do Metrópoles.