Pesquisa aponta que 69% dos brasileiros afirmam que situação econômica do país piorou
Para 69% dos brasileiros a situação econômica do país piorou nos últimos meses. Os dados são de uma pesquisa do Instituto Datafolha, publicada na manhã desta segunda-feira (20).
Os números estão próximos do maior índice já registrado em pesquisa semelhante, no ano de 2015, no governo Dilma Rousseff (PT), quando apontou 82%, e em junho de 2018, no governo Michel Temer (MDB), quando apontou 72%.
Segundo o Datafolha, a situação econômica do país piorou para 74% das mulheres e 62% dos homens; para cerca de 70% das pessoas de 16 a 44 anos e de 65% dos entrevistados acima dessa faixa etária; 62% dos evangélicos e 71% dos católicos.
A pesquisa foi realizada de 13 a 15 de setembro com 3.667 brasileiros de 190 municípios e tem margem de erro de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.
Esta é a segunda vez que o questionamento aparece durante o governo Jair Bolsonaro (sem partido). Em outubro de 2019, este índice era de 35% e cresceu até mesmo entre os apoiadores do governo, com 36% dos perguntados afirmando que a economia piorou.
A avaliação da piora cai conforme aumenta a renda do entrevistado, com a maioria que respondeu negativamente ocupando a faixa de até dois salários mínimos, e aumenta no quesito escolaridade já que 64% das pessoas com ensino fundamental e 74% das que têm ensino superior dizem que a economia piorou.
Por regiões, a avaliação é de 70% de piora no Nordeste e no Sudeste e de 65% nas demais regiões.
Pessimismo
Ao serem questionados pelo Datafolha se, nos próximos meses, a situação econômica do país vai melhorar, piorar ou ficar como está, a maioria dos participantes da pesquisa, 39%, afirmaram que esperam uma piora do quadro.
Apesar da maioria, o número apresenta uma queda baixa em relação a março desse ano, quando indicou 65% no pico da crise sanitária e não havia pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial.
O índice de quem acha que a economia do país vai melhorar, que era de 30% em julho, passou para 28% em setembro deste ano. Em março, 11% estavam otimistas e no início do governo Bolsonaro, eram 50%.
Com informações do A Tarde.