CPI dos Aplicativos visita sede do iFood após polêmica contra entregadores
A CPI dos Aplicativos realizou uma diligência na sede do iFood nesta terça-feira (12). Os vereadores de São Paulo (SP) fizeram a visita depois que a companhia foi denunciada por contratar duas agências para calar a greve dos entregadores. As campanhas atribuídas à plataforma também estão sendo investigadas pelo Conar.
A visita dos vereadores faz parte de um novo episódio da polêmica envolvendo a plataforma. No dia 4, a Agência Pública relatou que o iFood contratou duas agências de marketing digital para administrar perfis falsos em redes sociais. A campanha teria como objetivo esvaziar as reivindicações trabalhistas e manipular o debate público sobre paralisações dos entregadores.
Dando sequência ao caso, o iFood convidou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para conhecer as instalações da empresa. Em nota, a câmara informou que os vereadores se reuniram com representantes da empresa para conhecer e obter informações sobre a operação. Os políticos também foram a dois endereços na capital apontados como supostos operadores logísticos.
“No Brooklin e na Vila Saúde [bairros de São Paulo (SP)], os membros da CPI buscaram entender como essas empresas operam e avaliar a condição de trabalho dos entregadores”, diz o comunicado.
A CPI dos Aplicativos foi instalada em março de 2021. Segundo o site da assembleia, a comissão investiga os contratos de empresas por app que atuam no transporte particular de passageiros na capital paulista. Assim, será possível avaliar o “correto recolhimento de impostos” e a “situação trabalhista dos colaboradores”.
Conar abre processo para investigar campanha
A CPI dos Aplicativos, por outro lado, não é a única entidade que está de olho no caso. Em nota à imprensa, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) informou que abriu uma investigação para apurar as denúncias sobre a campanha. A nota foi publicada no site do órgão nesta segunda-feira (11):
“O Conar abriu hoje processo investigatório sobre campanha em redes sociais atribuída ao iFood, conforme denúncias publicadas na imprensa”, anunciaram. “O procedimento visa apurar eventual cometimento de infração ao Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária e identificar a autoria da campanha.”
Ao portal G1, o iFood disse que ainda não foi notificado pelo órgão, mas se colocou à disposição do órgão.