“Não gosto de negro, quem gosta de macaco é zoológico”, diz homem com livro de Hitler nas mãos
Um brasileiro, de 39 anos, foi flagrado por leitores e funcionários da Biblioteca Mário de Andrade (BMA), em São Paulo (SP), com o livro escrito pelo ditador alemão, Adolf Hitler, e no mesmo instante realizou ofensas contra negros e gays nesta segunda-feira (2).
Ele foi repreendido por diversas pessoas no local, ao ser visto com o livro ‘Mein Kampf (‘Minha Luta’) e decidiu atacar quem estivesse por perto.
“Não gosto de negro. A cultura deles é uma bosta. Se prestassem, não eram discriminados pela sociedade […] Você vai à Praça da Sé e vê um monte de negro vendendo celular roubado na praça pública. Aí quer dizer que sou racista?”.
Ao ser chamado de racista por testemunhas que estavam no local, o homem respondeu: “Não gosto de negro, quem gosta de macaco é zoológico”.
Ele aproveitou para afirmar que estava tentando estudar e melhorar para sair “desse país que é um lixo”.
“E vocês com esse papo de macaco, de favela, entendeu. Não sou obrigado a usar drogas, ficar chupando rola nas portas do banheiro público não, igual muitos fazem aqui”, acrescentou.
A prefeitura de São Paulo destacou por meio de nota oficial que repudia veemente este tipo de atitude nazista, homofóbica e racista e que o local é um espaço marcado por respeito.
Wilho da Silva Brito foi conduzido para a 77ª Delegacia de Polícia e um boletim de ocorrência registrado.
“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, repudia veementemente as falas e atitudes nazistas, homofóbicas e racistas do frequentador flagrado na tarde desta terça-feira (02) na Biblioteca Mário de Andrade (BMA), um espaço marcado pelo respeito às diferenças de gênero, raça, orientação sexual e pela celebração da diversidade”, esclareceu.