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20 September 2024

Bolsonarista preso por terrorismo no DF participou de sessão no Senado há um mês

Nesta segunda-feira (26), a Polícia Legislativa do Senado anunciou mudanças que tornaram mais rígidas as regras para entrada no local, após a divulgação de que o empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, preso no sábado (24) suspeito de tentar explodir um caminhão-tanque perto do Aeroporto de Brasília, esteve no mês passado no Senado, onde acompanhou reunião de uma comissão.

Além de George, um homem apontado como “cúmplice” do empresário e o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que estava em prisão domiciliar decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também estiveram no evento.

Há menos de cinco dias da posse presidencial, que acontecerá no domingo (1º), todos, exceto senadores, durante essa semana, terão de passar pelo detector de metais antes de entrar no Senado. A medida vale, inclusive, para os servidores.

Outra mudança é que não será mais permitida a entrada de visitantes. Caso um senador entre com algum acompanhante, esse terá de fazer um cadastro e passar pelo detector, assim como terceirizados, jornalistas e colaboradores.

Além disso, o ato proíbe também o acesso de entregadores de alimentos e motoristas de aplicativo.

O acesso, antes do acontecido, era liberado para servidores, jornalistas e colaboradores que possuem a credencial do Senado, eles entravam no prédio sem necessidade de revista no raio-x.

O suspeito do atentado, George, assistiu no dia 30 de novembro a uma audiência pública da Comissão de Transparência e Fiscalização (CTFC), realizada pelo senador Eduardo Girão (Pode-CE), aliado de Bolsonaro. O vídeo que mostra George no debate é público, está disponível no site do Senado.

O senador Girão organizou diversas reuniões dessa comissão para discutir o resultado das eleições presidenciais, a conduta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a legitimidade das pesquisas de intenção de voto. Bolsonaristas, políticos e apoiadores compareceram como visitantes.

Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal, o empresário George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, é apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Ele, que foi autuado por terrorismo após tentar explodir um caminhão de combustível próximo ao aeroporto da capital, confessou o crime e disse ter “motivação ideológica”.