Foto: Felipe Oliveira / E.C.Vitória
O Vitória acumula insucessos no primeiro semestre deste ano. Foi eliminado precocemente da Copa do Brasil e Nordestão, além de perder o título estadual para o arquirrival Bahia. Recém-contratado pelo Rubro-Negro, o zagueiro Alemão crê em volta por cima neste segundo semestre no Campeonato Brasileiro e Sul-Americana. “Só depende da gente. Cada um se empenhar e mostra isso dentro de campo. Sei que o primeiro semestre não foi bom, mas só depende da gente (…) Não podemos abaixar a cabeça e estou confiante que vamos ter um segundo semestre promissor”, projeta o defensor. O atleta ainda comentou as dificuldades do início de sua carreira e da sua parceria com o volante Josa. A dupla já trabalhou em cinco clubes. “É um parceiro que eu tenho no mundo do futebol e se Deus quiser vamos levar essa amizade para frente. Como eu tenho brincado. Se o Felipão chamar ele para a Seleção, acho que vou junto também [risos]”, comentou.
Bahia Notícias: Chegar a um clube profissional não é fácil. Quais foram as principais dificuldades que você encontrou nos seus primeiros passos no futebol?
Alemão: Foram muitas. Comecei na base de um time que não teve uma estrutura boa e também rodei por vários clubes. Alguns atrasavam salários, como acontece em alguns clubes. Ainda tem a questão de alimentação e suplementos e, às vezes, o atleta depende disso para ter um rendimento melhor. Mas graças a Deus hoje estou em um grande clube, que possui excelente estrutura.
BN: Um dia depois de sua estreia no Vitória, Ney Franco pediu demissão do clube. Como você recebeu essa notícia?
Alemão: Fiquei sabendo pela internet. Acordei e vi essa notícia. Fiquei chateado, pois ele me indicou para cá. Esperava trabalhar com ele mais tempo. Mas o tempo que trabalhei com ele, achei muito e gratificante. Ele é um cara sensacional. Mas agora é continuar nosso trabalho aqui com Amadeu e tentar fazer jogos bons.
BN: Essa mudança de técnico em pouco tempo dificulta sua adaptação ao clube?
Alemão: O jogador precisa estar preparado para essas mudanças. Cada treinador tem um modo de trabalhar. O Ney um e Amadeu outro. É ter tranquilidade e continuar focado nos objetivos.
BN: O que você acha de Carlos Amadeu no comando do clube? Apoia a efetivação dele no cargo?
Alemão: Uma semana é pouco tempo para Amadeu tentar colocar a forma dele. Ele fez um bom trabalho durante a semana e nós em campo [na derrota por 1 a 0] contra o Palmeiras tentamos melhor. Mas infelizmente em uma bobeira nossa, o Palmeiras fez o gol. Amadeu é um cara inteligente, gosta de trabalhar, procura tirar o melhor de cada jogador e só tem a crescer. Cabe a diretoria resolver essa situação. Nós que somos jogadores deixamos isso para a diretoria. Se ele for efetivado, vamos dar força, apoiar e correr por ele. Se vier outro, vamos fazer da mesma forma.
BN: Estrear em clássico, não é fácil, mas você deu conta do recado . Como se preparou para isso?
Alemão: Não estava esperando. A surpresa foi no sábado. Ney Franco me chamou e perguntou se eu teria condições e eu disse que sim. Me prepararei e descansei bastante, foquei no que eu tinha que fazer. Infelizmente a vitória não veio, que era o mais importante.
Foto: Felipe Oliveira /E.C.Vitória
BN: Quais suas primeiras impressões no Vitória?
Alemão: Um clube muito bom. Bastante estruturado e gostei muito. Até comentei com minha família, que fiquei bastante surpreendido, pois não esperava essa estrutura toda. E com reforma que está acontecendo aqui, vai ficar melhor ainda.
BN: O Vitória acumulou insucessos neste primeiro semestre. Foi eliminado precocemente da Copa do Nordeste e Copa do Brasil, além da perda do título estadual para o arquirrival. O que fazer para o time Rubro-Negro dar a volta por cima e realizar boas campanhas no Brasileirão e Sul-Americana?
Alemão: Só depende da gente. Cada um se empenhar e mostrar isso dentro de campo. Sei que o primeiro semestre não foi bom, mas só depende da gente. Entendo a chateação do torcedor, principalmente após a boa campanha do ano passado, quando o time ficou em quinto lugar e brigou por uma vaga na Libertadores. Estamos com essa pressão, após um primeiro semestre ruim. Mas vamos trabalhar e estamos com isso em mente e vamos reverter essa situação. Não podemos abaixar a cabeça e estou confiante que vamos ter um segundo semestre promissor.
BN: Além desses insucessos, o Vitória não vence o arquirrival Bahia há oito jogos. É uma pressão a mais?
Alemão: Cheguei agora no clube, mas claro que isso não é bom. Infelizmente tomamos um gol no final e cedemos o empate. Mas é continuar trabalhando e não abaixar a cabeça. Não podemos nos abater.
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
BN: Nos treinos e até fora de campo, você demonstra tranquilidade. Mas durante os jogos, percebe-se um Alemão agitado e linha dura. Você sempre foi assim?
Alemão: Fora de campo sou tranquilo sim. Não sou muito de conversar, mas sou aberto a todo mundo. Fui muito bem recebido pelos companheiros, mas é minha maneira de ser. Mas dentro de campo é sempre batalhando, lutando e sempre querendo vencer, pois não gosto de perder. Acho que o jogador não pode se acostumar com derrotas. Tem que procurar sempre vencer e esse é o meu jeito.
BN: Então podemos dizer que você é um aspirante a um novo 'xerife Rubro-Negro'?
Alemão: [Risos]. Estou trabalhando para ajudar o clube. Vai depender dos jogos. Mas meu objetivo é ajudar o clube e meus companheiros.
Foto: Felipe Oliveira / E.C. Vitória
BN: Coincidentemente esse é o quinto clube que você vai atuar com Josa. Até que ponto essa 'parceria' é benéfica?
Alemão: É muito boa. Ele já virou quase da minha família. Tanto tempo trabalhando junto e fora do clube a gente sempre tá na companhia um do outro. É um parceiro que eu tenho no mundo do futebol e se Deus quiser vamos levar essa amizade para frente. Como eu tenho brincado. Se o Felipão chamar ele para a Seleção, acho que vou junto também [risos].
BN: O Vitória ainda não venceu dentro do seu mando de campo. Isso incomoda?
Alemão: Cheguei agora, mas claro que incomoda. Estava conversando com minha esposa e comentei, que independente de jogar bem ou não, temos que sair com os três pontos. Seja na raça ou na técnica. Então hoje [quinta-feira] contra o Atlético-MG temos que sair com a vitória de qualquer jeito, pois dependendo das combinações de resultados, poderemos até terminar a rodada na zona de rebaixamento. Empenho não vai faltar.