Momento é favorável para aquisição da casa própria
O cenário atual se configura um bom momento para a realização do principal sonho do brasileiro: a compra da casa própria. Desde que o mercado imobiliário começou a se aquecer, em 2008, o ano de 2014 é o mais favorável para a aquisição do imóvel, por causa da diminuição do crescimento dos valores das unidades. Por isso, quem pretende comprar um apartamento possui mais tempo para pesquisar e mais flexibilidade para negociar.
No Brasil, os preços dos imóveis tiveram uma grande elevação nos últimos cinco anos, alcançando 50% de crescimento. Mas, em 2013, essa tendência de aumento diminuiu, e a taxa foi de 9% em todo o país, segundo o Banco Central. Na Bahia, foi ainda menor, de 8%, segundo a Ademi. Para o consumidor, a diminuição da taxa significa oportunidade. Os clientes contam ainda com outra vantagem, somadas às boas condições financeiras e de negociação do momento, que é a grande oferta de imóveis. Com o aquecimento do setor nos últimos anos, as unidades ficaram mais modernas, estruturadas e com melhor acabamento. Há, atualmente, na cidade uma oferta de 8.923 unidades, de um a cinco quartos, além de apart-hotéis, salas comerciais e lofts, em lugares como Patamares, Caminho das Árvores, Imbuí, Horto Florestal, Piatã, Armação, Brotas e Cabula, dentre outros. Entre os bairros mais procurados, o valor é mais em conta na Pituba, Rio Vermelho e Armação, locais onde o metro quadrado custa em média de R$ 4.600.
Facilidades perceptíveis
As facilidades de negociação são perceptíveis para quem atua no ramo. Há oito anos no mercado, Sérgio Leoni afirma que, no dia a dia, há uma grande disposição das construtoras em ser mais flexíveis. Elas oferecem, normalmente, viagens ao exterior, carros ou bônus para compras de utensílios.
"Comparando com o boom, de 2008 a 2010, podemos dizer que estamos em um melhor momento para a compra do imóvel, porque a diminuição do crescimento dos preços deu maior poder de compra para os clientes", afirma o corretor. Facilidades de negociação levaram o administrador Roberval Vieira a antecipar a compra de um apartamento, na Pituba. "Planejei para o final do ano, mas, com o desconto de R$ 8 mil, preferi fechar o contrato", diz.A realização do Feirão da Casa Própria da Caixa é outro fator que deve favorecer a compra de imóveis. No evento, foram emitidas 1.500 cartas de crédito, um volume de R$ 471 milhões em negócios, o que significa 1.500 consumidores com R$ 145 mil, em média, aptos para comprar. Para atrair compradores, as empresas que atuaram no feirão devem continuar com ofertas, segundo o gerente de habitação da Caixa, Dimas Neto. "O rescaldo do feirão permanecerá até o final de junho, porque as empresas parceiras fizeram promoções e deram descontos, isso deve continuar até junho", diz. Para o mercado, o cenário é favorável, apesar da desaceleração dos preços. "Houve uma desaceleração, em comparação aos últimos anos, mas é bem diferente da expectativa geral, porque se acreditava que os preços iriam baixar. A diferença é que o crescimento é menor", afirma José Azevedo Filho, diretor comercial da Ademi.