Obras do metrô no Retiro retornam após adequações, diz consórcio
A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), responsável pelas obras do metrô de Salvador, afirmou nesta sexta-feira (23) que os funcionários do canteiro de obras do Retiro já voltaram ao trabalho, após adequações determinadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).
As obras foram embargadas há dez dias pela SRTE, falta de medidas coletivas de segurança e, por conta disso, cerca de 300 operários foram proibídos de continuar as atividades no espaço.
“A CCR Metrô Bahia comunica que convocou o consórcio responsável pelas obras do metrô para esclarecer os procedimentos adotados nos canteiros. (…) A empresa ressalta que voltará a cobrar do consórcio contratado rígido controle de qualidade no cumprimento das normas de segurança. O respeito à legislação vigente, aos princípios de segurança dos seus colaboradores e a busca incessante pela qualidade dos serviços norteiam o trabalho da CCR Metrô Bahia”, informou a empresa concessionária.
O grupo CCR é composto pelas construtoras Soares Penido, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. As duas últimas empreiteiras, ao lado da Siemens, formaram o Consórcio Metrosal, que foi responsável inicialmente pela construção do metrô da capital há 13 anos. O consórcio foi acusado de superfaturamento pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Nas redes sociais, a paralisação das obras no Retiro foi prato cheio para a oposição ao governo do Estado nesta sexta (23). O pré-candidato ao Senado e presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, considerou o embargo um "erro primário" e fez duras críticas à administração estadual, que passou a administrar a Linha 1 do metrô.