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9 November 2024

Ibope: Paulo Souto venceria em 1º turno para governador

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Se a eleição para governador da Bahia fosse hoje, Paulo Souto seria o escolhido no primeiro turno com 42% dos votos, mais do que a soma das intenções dos outros quatro candidatos (23%), revela a primeira pesquisa Ibope/CORREIO para o pleito de outubro.

Pré-candidato da aliança de oposição ao governo Jaques Wagner (PT) que reúne, entre outros, DEM,  PMDB e  PSDB, Souto larga na frente na pesquisa estimulada, 31 pontos percentuais diante da senadora Lídice da Mata (PSB) que tem 11% das intenções de votos apuradas. O pré-candidato da situação, Rui Costa, seria o terceiro, com 9%. Lídice e Costa estão tecnicamente empatados. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Os demais pré-candidatos são Rogério da Luz (PRTB), com 2%, e Marcos Mendes (PSOL), com 1% das intenções de votos.

 

Souto também lidera na pesquisa espontânea com 13%. Ainda na espontânea, Wagner aparece mais bem cotado do que seu candidato, Rui Costa. Eles têm 6% e 3% respectivamente. Costa obteve o mesmo índice para governador que Geddel Vieira Lima, citado espontaneamente por 3%. Nesse levantamento, Lídice aparece apenas com 1%. O levantamento revela que 49% do universo pesquisado não sabe em quem votar ou não quis responder quando provocado a citar espontaneamente um nome.  

Quando a pesquisa é segmentada, o democrata tem um desempenho melhor entre os homens (48%) do que no público feminino (37%).  As intenções de voto na senadora socialista são invertidas: 13% de mulheres contra 9% dos homens. O petista faz mais sucesso no público masculino (11%) do que no feminino, onde crava 8%.

Se o corte for feito por faixa de renda, Paulo Souto consegue melhor desempenho entre os que ganham acima de cinco salários mínimos (ou R$ 3.620): 53%, mesma faixa onde Rui Costa é mais bem avaliado por 14% dos  eleitores. Os que optaram por Lídice se situam, na maioria (14%) entre os que recebem de dois a cinco salários mínimos por mês (entre R$ 1.448 e R$ 3.620).

O democrata, hoje, teria mais votos no interior da Bahia do que na capital: 43% e 36% do eleitorado, respectivamente. O petista também (10% e 9%). Já a socialista teria um eleitorado proporcionalmente maior em Salvador, 14%, do que no interior, 10%.

Rejeição

Num eventual segundo turno, Paulo Souto venceria, hoje, tanto Lídice da Mata (46% x 18%) quanto Rui Costa (48% x 15%). A senadora socialista bateria o petista por 36% contra 16% se a disputa fosse entre eles. Neste caso, a soma dos que anulariam ou votariam em branco é de um terço do eleitorado: 33%.

Em matéria de rejeição, ninguém bate Da Luz; 28% não votariam nele de jeito algum. Souto e Costa têm o mesmo índice neste quesito: 14% e o desempenho de Lídice é um pouco melhor (11%).

Para 47% da pesquisa, Paulo Souto será o próximo governador da Bahia. Lídice e Rui Costa aparecem empatados no percentual dos que os apontam como favoritos com 8%.

A pesquisa Ibope/CORREIO foi realizada entre os dias 15 e 19 de maio de 2014 com 1.008 entrevistados. O nível de confiança utilizado é de 95% e o levantamento foi registrado no TRE sob o protocolo BA-00004/2014 e no TSE, BR-00130/2014 encomendada pela Empresa Baiana de Jornalismo, que edita o CORREIO.

 

Apoio de Dilma e Wagner ajuda Rui Costa

A pesquisa Ibope/CORREIO sondou ainda o peso que os padrinhos políticos teriam na eleição para governador e senador na Bahia. Rui Costa (PT) dobra (de 9% para 18%) suas intenções de voto quando o eleitor é informado que ele faz chapa com Otto Alencar e é apoiado pela presidente Dilma Rousseff e por Jaques Wagner.

No mesmo levantamento, Paulo Souto (DEM) seria eleito governador com 41% dos votos com o apoio do senador Aécio Neves (PSDB) e do prefeito ACM Neto (DEM). Quem encolhe nesta pergunta da pesquisa é a senadora Lídice da Mata, que recua de 11% para 9% quando o entrevistado é informado do apoio do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e da ex-ministra Marina Silva.

O Ibope revela que as próximas eleições não empolgam o eleitorado: 60% dizem não ter interesse algum ou pouco interesse na disputa. Os mais engajados têm 15% de muito interesse no pleito, menos do que os 23% que dizem ter “interesse médio” na disputa.

 

Geddel está na frente para Senado

A pesquisa Ibope/CORREIO abordou a disputa pela única vaga no Senado e nela, também o  candidato da aliança de oposição aparece em primeiro lugar: Geddel Vieira Lima, do PMDB, com 34% dos votos, seguido por Otto Alencar (PSD), com 14%, e de Eliana Calmon (PSB), com 5%.

A sondagem mostra Geddel melhor entre os homens (38%) do que entre as mulheres (31%), desempenho repetido por Otto (18% x 10%) e invertido quando a candidata é a ex-ministra do STJ, que tem 6% de eleitoras contra 4% no eleitorado masculino. 

No corte por faixa de renda, Geddel domina na faixa de dois a cinco salários mínimos com 39% das intenções. Otto tem desempenho mais positivo na faixa acima dos cinco salários: 21%  pretendem votar nele. Eliana também vai melhor entre os que ganham mais: 6%.

Geddel e Otto são mais bem cotados no interior, onde peemedebista teria 35% dos votos (32% na capital) e o candidato da situação, 15%. Em Salvador, Otto tem 10% das preferências. A socialista concentra mais intenções de voto na capital (6%) do que no interior (5%).

Os índices de rejeição aparecem equilibrados: iguais 18% não votariam de jeito algum em Eliana ou Otto. Geddel aparece com 14% neste quesito.

Dilma tem 50% dos votos dos baianos

Na corrida presidencial, Dilma Rousseff (PT) tem 50% da preferência do eleitorado baiano, seguida pelo senador tucano Aécio Neves, com 12%, e do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 7%.

Para 44% dos baianos, o governo de Dilma é ótimo ou bom, com 33% de regular e 19% de ruim/péssimo. A presidente tem 60% de aprovação na Bahia e 31% de desaprovação

A pesquisa Ibope/CORREIO também sondou a avaliação do governo Jaques Wagner: ele tem 29% de ruim/péssimo e 37% de regular. Os que consideram sua gestão boa somam 22%, enquanto 6% consideram ótimo o seu governo.

Para a maioria dos entrevistados, a área mais crítica do governo petista é a saúde (37%), seguida pela educação (20%) e pela segurança (16%).