MUSEUCURTOARTE começa no MAB com mediação de dança
Foto: Divulgação
Professores de Dança debate o tema “Mediação de público para a formação em dança”, de 9h às 11h30. A discussão trata de possíveis estratégias de aproximação do público com a linguagem da dança, focadas na formação, envolvendo escolas e academias de dança. Participação da Universidade Federal da Bahia, Escola de Dança da Fundação Cultural e escolas da EDANÇA – Associação das Escolas de Dança da Bahia, além de convocação pública.
De 10h30 às 11h30 será realizada, pela Escola Contemporânea de Dança, a dinâmica de mediação através de processos criativos MAB Dança, que vai envolver o público infantil, apresentando, durante trajeto pelo espaço, obras do museu. Finalizando a manhã, de 11h30 às 12h30, o Grupo Juvenil da Escola de Dança da FUNCEB faz apresentação mediada de trabalhos.
No período da tarde a ação Eu Curto Dança, desenvolvida pela DIRART/Coordenação de Dança e BTCA, foca a mediação de produtos artísticos do setor, voltada para o público em geral. Dança no Museu, de 14h às 17h, é um encontro teórico-prático ministrado pela coreógrafa e pesquisadora Lia Robatto, que aborda estratégias poéticas de mediação de público desenvolvidas pela dança, voltado para grupos profissionais de dança da cidade.
Eu Curto BTCA, de 15h às 17h, faz apresentação mediada de trecho do espetáculo Agô Arerê: Por Favor Não Aperte o Mamão, criação de Tuca Pinheiro e dramaturgia de Carmen Paternostro, com inspiração livre na visão de dois artistas: do cantor e compositor Dorival Caymmi (1994-2008) e do artista plástico Miguel Rio Branco. O Balé Teatro Castro Alves apresenta também o projeto Sob Rasura, no qual se lança na investigação acerca das transformações físicas e de pensamentos experimentadas por seus bailarinos ao longo do tempo. Serão exibidos, em TVs distribuídas pelo museu, dois filmes de dança e o flip book filmados e fotografados no canteiro de obras do TCA.
Em Mediação de Dança, de 15h às 17h, o programa inclui quatro apresentações mediadas de obras selecionadas no Quarta que Dança 2014: Farpas e Lâminas de Um Corpo Visível, de João Perene Núcleo de Investigação; Antítese, da Liga do corpo; Contactos , de Ananias Break; e We Can Do It!, de Michel le Arcanjo.
Para Matias Santiago, coordenador de Dança da Funceb, pensar a mediação como eixo transversal de ações ligadas às artes, torna-se uma estratégia potente de aproximação do cidadão ao que é produzido e difundido pelos artistas baianos: “Mais que formar público, disseminamos o interesse em consumir dança e cultura. O ‘Museu Eu curto Dança’ vem para inaugurar este trabalho da Funceb focado em aproximar a dança desenvolvida no estado com a sociedade”.
Mediação e Difusão
Em julho um novo domingo do projeto MUSEUCURTOARTE será destinado à dança e na sequência virão outros doze domingos da programação, com cada linguagem – teatro, literatura, música, audiovisual, circo e artes visuais -, ocupando, cada uma, dois domingos do cronograma.
Além de mediação o projeto irá realizar ações de difusão, com apresentações completas de atrações. Uma equipe com mais de 20 técnicos estaduais da Funceb e do Ipac idealiza a programação, atendendo à demanda de ocupação de espaços públicos por parte de público e realizadores. Além de eventos, a proposta é disponibilizar espaço para ensaio de grupos cênicos. A dinamização do Passeio Público e do Palácio da Aclamação será voltada para a difusão e será iniciada assim que as obras em andamento sejam concluídas.
O aumento do diálogo com a sociedade e a dinamização artística de equipamentos públicos tem como objetivo incentivar o maior uso e sentimento de pertencimento da população para com esses equipamentos. O IPAC é responsável também pelo Museu de Arte Moderna, Palacete das Artes, Palácio da Aclamação, Solar Ferrão, museus Abelardo Rodrigues, Udo Knoff e Tempostal, além da Praça das Artes, no Pelourinho, o IPAC detém espaços bem localizados em Salvador. No interior, o Instituto administra o Parque Castro Alves (Cabaceiras do Paraguaçu), Museu do Recôncavo (Candeias) e Museu do Recolhimento (Santo Amaro). Saiba mais em http://www.fundacaocultural.
Dança no Museu, com Lia Robatto
O encontro coordenado pela coreógrafa e pesquisadora Lia Robatto no Museu de Arte da Bahia integra série Processo Compartilhado e é voltado para alunos e profissionais de dança, além de interessados de forma geral. A partir da dança haverá uma integração de diversas formas de expressão, numa tentativa de abordagem plástica, musical, corporal e poética, estimulando colaborações individuais e principalmente grupais. O objetivo é levantar ideias criativas, num processo de corpos em movimento. A linha estética será construída coletivamente. Eventualmente poderá surgir durante o processo uma temática ou narrativa.
Esta vivência será baseada em técnicas de criação em grupo, através de elementos da dança num esboço de estruturação coreográfica. Sub-grupos serão estimulados a apresentar provocações através de gestuais significativos para que os demais reajam criativamente. Este encontro será documentado através de imagem e som para uma auto-avaliação dos participantes.
O trabalho proposto é inspirado no conceito de “obra aberta” dos anos 60/70, tendo como referência a época da contracultura, tão distante hoje do individualismo exacerbado vigente que vem isolando as experiências auto-expressivas, salvo esforços dos esparsos coletivos de jovens artistas.
Processo Compartilhado já teve duas vivências similares realizadas com sucesso na Bienal da Bahia, promovidas pelo Museu de Arte Moderna – MAM, uma no casarão do Solar do Unhão, em junho de 2014, em regime de “alta intensidade”, e outra no Teatro Castro Alves, em agosto, com mais de oito encontros e participação de cerca de 30 artistas convidados em cada sessão.
Serviço:
MUSEUCURTOARTE/Museu Eu Curto Dança
Onde: Museu de Arte da Bahia
Quando: 14.6, 9h às 17h. Cerimônia de abertura às 10h15
Ingresso: Gratuito
#museueucurtodança