“Obra de ficção”, diz secretário sobre denúncia de expulsão à força de mendigos das ruas
A Prefeitura de Salvador explicou a polêmica sobre o acolhimento de moradores de ruas de Salvador e negou as denúncias da Defensoria Pública de que esses moradores estariam sendo retirado à força por funcionários da gestão municipal.
O secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), Henrique Trindade, falou sobre o assunto.
“Temos condições de estadia e convívio para acolher pessoas em situação de rua e desabrigo por abandono. Dispomos, ainda, de uma equipe capacitada para auxiliar em serviços sociais, como cadastramento no Bolsa Família, e para encaminhá-los para obter documentos e intermediação de mão-de-obra. Procuramos reinserir, de imediato, o morador de rua junto à própria família. E esse é um trabalho permanente, feito de forma responsável e correta”, disse.
Além disso, ele classificou a denúncia como “ficção” e ressaltou que um morador de rua só é retirado dela se houver consentimento do mesmo.
“Isso é um descalabro que mais parece ter saído de alguma obra de ficção ou fantasia. O que a Prefeitura faz é a abordagem social, e só retira um morador de rua com o consentimento do mesmo e para locais adequados, com toda a estrutura e amparo social. É isso que a lei nos permite fazer e é estritamente o que fazemos”, finalizou.
Foto: Varela Notícias
A situação, entretanto, é bem diferente da denunciada por funcionários de uma ONG – a reportagem foi publicada no Varela Notícias há pouco mais de um mês.
Uma funcionária flagrou a Prefeitura chegando com um carro-pipa, para jogar água na calçada onde se encontram os moradores, a fim de que eles não retornem, um caminhão que leva seus pertences, além de uma Kombi que os levaria para algum lugar desconhecido.