Leitos no Estado são destinados para baianos com síndrome de Guillain-Barré
Um grupo de trabalho do Governo do Estado está atuando desde janeiro para o enfrentamento à epidemia das doenças Dengue, Chikungunya e Zika, todas transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. O Zika Vírus está relacionado ainda à Síndrome de Guillain-Barré, doença que provoca a paralisia inicialmente dos membros inferiores, pernas e pés, e que, e se não for tratada, pode evoluir e levar à morte. O Estado destinou 36 leitos para receber exclusivamente pacientes vítimas desta síndrome, que, até esta segunda-feira (13), contabiliza 76 casos suspeitos da Síndrome de Guillain-Barré. Do total, 42 foram confirmados.
Segundo o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, o Estado tem um projeto de combate e contingência para as epidemias. “A Zika veio associada ao aumento do número de registros da Síndrome de Guillan Barré. Estamos acompanhando de perto o aparecimento de novos casos e bloqueamos leitos em toda a rede hospitalar. Nosso projeto de enfrentamento foi submetido ao ministério há cerca de 60 dias, solicitando um aporte de R$ 15 milhões. Eu e o governador Rui Costa vamos a Brasília esta semana solicitar ao Ministério da Saúde uma participação neste enfrentamento que vem sendo todo feito exclusivamente com recursos do Estado da Bahia”.
Este ano, até o dia 5 de julho, foram notificados 45.538 casos de dengue no estado, com oito mortes confirmadas. Isso representa um aumento de 162,72% das notificações em relação ao mesmo período de 2014, quando foram notificados 17.333 casos. Também até a mesma data, a Sesab notificou na Bahia 8.906 casos da Febre Chikungunya. Da doença que está sendo identificada como Zika, foram 32.873 notificações este ano.
A única forma de se evitar as três doenças, até o momento, é acabar com os focos do mosquito Aedes Aegypti. Para isso, é necessário que a população tome cuidado para não deixar caixas de água sem tampa nem água parada em baldes, vasilhas descartadas, vasos de plantas ou mesmo em recipientes menores, como tampinhas de garrafa ou cascas de ovos, locais próprios para a reprodução do mosquito.
O uso de repelente também é recomendado, lembrando-se que o Aedes Aegiyti vive em ambiente doméstico. Proteger os pés, tornozelos e pernas também é importante, já que o mosquito voa baixo, atacando geralmente no início da manhã e no final da tarde.