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26 November 2024

Estilo de vida pode afetar a memória, mesmo entre jovens

Em estudo, fatores associados à demência, como sedentarismo e hipertensão, prejudicaram a memória em todas as idades a partir dos 18 anos

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Uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, revelou que alguns fatores relacionados ao estilo de vida e à saúde afetam a memória, mesmo entre jovens adultos. A descoberta, publicada nesta quarta-feira no periódico Plos One, pode ajudar cientistas a estudar como o estilo de vida impacta a memória na velhice.

Pesquisadores fizeram a 18.552 pessoas, de 18 a 99 anos, perguntas sobre sua memória e aspectos previamente associados ao risco de Alzheimer e demência — depressão, baixa escolaridade, sedentarismo, hipertensão, obesidade e tabagismo. Eles detectaram que esses fatores aumentavam queixas sobre memória em todas as faixas etárias.

"Nós identificamos, pela primeira vez, que os fatores de risco podem ser indicativos de queixas precoces de memória, normalmente precursoras de perdas mais significativas no futuro", diz o líder do estudo, Gary Small, diretor do Centro de Longevidade da UCLA.

Na média, 20% dos entrevistados reportaram falhas na memória, incluindo 14% dos adultos de 18 a 39 anos, 22% daqueles com 40 a 59 anos e 26% dos idosos de 60 a 99 anos. A depressão foi o principal elemento relacionado às reclamações sobre memória, em todas as idades. Outros fatores, mesmo isolados, também elevaram as queixas. A memória piorava quanto mais fatores presentes.


Os pesquisadores observaram que, para os mais jovens, o stress e a tecnologia — normalmente associada à realização de múltiplas tarefas — podem atrapalhar a concentração e fazer com que seja mais difícil se lembrar das coisas.

"Esperamos que nossas descobertas aumentem a atenção de pesquisadores, promotores de saúde e do público em geral sobre a importância de reduzir os fatores de risco em qualquer idade, como identificar e tratar a depressão e a hipertensão, exercitar-se mais e investir em educação", afirma Stephen Chen, coautor do estudo e professor do Instituto Semel para Neurociência e Comportamento Humano da UCLA.