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28 September 2024

Henrique Carballal, preocupado sem rumo e sem partido

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O destino partidário do prefeito ACM Neto (DEM) estaria deixando os vereadores de Salvador ansiosos por seu retorno, após visita dele em Roma, com o Papa Franscisco, para discutir com alcaides de várias capitais brasileiras questões de administração pública e sustentabilidade. Estariam também ansiosos os cerca de 10 edis que aguardam uma definição sobre a janela partidária, da Reforma Política em discussão na Câmara dos Deputados, para mudar suas legendas e caminhar junto ou aliado ao prefeito soteropolitano.

 

Nos bastidores, a informação é que J. Carlos Filho e Henrique Carballal, expulsos do PT, estariam para definir seus destinos partidários.

 

A ansiedade estaria, inclusive, sendo provocada pelas investidas de negociações, mas que não apontam para o sucesso. “Essas especulações são até mesmo para Neto ver quem dá mais”, palpitou um vereador. Caso não seja aprovada a janela partidária, os edis insatisfeitos irão se desfiliar no último dia do prazo, em 05 de outubro, e seguirão com o prefeito, tido como um dos melhores do Brasil. No entanto, os sem-partido são os mais ansiosos, ao que tudo indica.

 

Expulsos do Partido dos Trabalhadores, estariam aguardando as modificações no cenário político que a migração de ACM Neto deve causar para poderem fortalecer suas articulações e conseguirem uma sigla que os favoreça em relação ao coeficiente eleitoral para buscar a reeleição.

 

À espera de Neto estão: Duda Sanches (PSD); Euvaldo Jorge (PP); Tiago Correia (PTN), que anunciou que só ficará na sigla caso ela não permaneça com o PT a nível estadual, o que já é considerado impossível; Atanázio Júlio, suplente de Correia, licenciado para assumir a Limpurb; Isnard Araújo (PR); Sabá (PRB); Geraldo Junior (SDD) e Leandro Guerrilha (PSL).

 

Em conversa com a Tribuna, uma fonte do Legislativo municipal, que preferiu não ser identificada, informou que os vereadores Euvaldo Jorge (PP) e Geraldo Junior (SDD) pretendiam sair de seus atuais ninhos porque não estariam “numa situação confortável”. Geraldo Junior estaria insatisfeito em relação à falta de força e de unidade da sigla na Bahia. Faltaria ao Solidariedade ser um partido mais consolidado para ele não correr riscos.

 

A falta de espaço e de autonomia no PR seria uma das reclamações de Isnar Araújo (PR), nono vereador mais votado de Salvador. Não gostou também da posição do PR diante do governo do estado e o modo como César Borges saiu do partido. Leandro Guerrilha já havia afirmado que a intenção é de manter o PSL com o prefeito. “Mas isso é um entendimento que tem que ser do presidente. Minha opinião é continuar no partido, mas sendo da base do prefeito. Mas vamos esperar pra ver qual o caminho melhor”, havia afirmado à Tribuna em reportagem.