Bahia está no segundo lugar em ranking de conflitos no campo
A reforma agrária e conflitos do campo foram tema de um amplo debate realizado na última sexta-feira (7), no Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Ondina. De acordo com informações do relatório de violência, elaborado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), com dados referentes ao ano de 2014, houve aumento de 42% no número de assassinatos de indígenas no país. As regiões Sul e Sudeste registraram o maior índice de crescimento dos casos. Em seguida aparecem, o Nordeste, com 418 casos e o Norte, com 379. A Bahia ocupa a segunda colocação, atrás apenas de Mato Grosso do Sul, segudo o documento.
A edição com os números de 2014 marca os 30 anos da publicação, que é anualmente divulgada. Neste período, 29.609 conflitos no campo no país, envolvendo 20.623.043 pessoas, foram registrados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). 23.079 conflitos por terra, 4.389 trabalhistas, 836 por água e 1.305 de outras naturezas. Ainda segundo o levantamento, entre os anos de 1985 e 2014, foram 1.723 assassinatos em 1.307 ocorrências de conflitos. Ao longo de 30 anos, cerca de 80 pessoas foram condenadas, mas nenhuma está detida.