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26 November 2024

Estado Islâmico acorrenta quatro reféns e os queima vivos no Iraque

Imagens bárbaras se juntam a outras divulgadas anteriormente pelos terroristas que dominam território no Oriente Médio

Acorrentados pela cintura, braços e tornozelos, quatro prisioneiros vestidos de laranja aguardam o fim em um amplo cenário desértico no Oriente Médio. Uma pequena trilha feita com petróleo é disposta na direção dos homens. De repente, um carrasco mascarado ergue uma tocha e encosta as chamas no combustível. Os prisioneiros agitam os corpos em desespero. Em poucos segundos, os quatro são consumidos pelo fogo.

As chocantes imagens fazem parte do novo vídeo de execução de reféns divulgado pelo Estado Islâmico, na segunda-feira (31). E mostram que o grupo segue com seu claro objetivo de, além de aterrorizar o mundo e aniquilar seus “inimigos”, fazê-lo de forma sempre diversa, a fim de nunca deixar de chocar com novas formas de assassinar.

Em seus primeiros vídeos, no ano passado, os terroristas focavam suas execuções por meio da decapitação de prisioneiros. Foi assim, por exemplo, com os jornalistas James Foley e, mais recentemente, Kenji Goto. Mas logo foram surgindo novas formas de exibir as mortes.

Em fevereiro, um piloto turco foi queimado vivo dentro de uma jaula; em junho, 16 homens, identificados pelo Estado Islâmico como espiões, foram mortos afogados dentro de uma gaiola. Os vídeos dos terroristas também trazem execuções por meio de explosões, fuzilamento, apedrejamento, entre outras formas de violência.

Mortos são iraquianos

De acordo com os terroristas do EI, que reivindicam a fundação de um califado em uma ampla área que abrange parte dos territórios sírio e iraquiano, os quatro homens foram executados sob a acusação de serem espiões xiitas do governo do Iraque. Antes de serem mortas, as vítimas foram obrigadas a assistir a mutilações e assassinatos cometidos por militares iraquianos contra o Estado Islâmico.

Assim como nos vídeos anteriores, as imagens do novo material do grupo são acompanhadas por uma canção em árabe que se tornou uma espécie de trilha-sonora dos terroristas para os takes das execuções. Desde o ano passado, todos os vídeos oficiais de assassinatos cometidos pelo EI são acompanhados pela música.

Por: Tribuna da Bahia