Homem que atirou em esposa e em bebê queria simular assalto, diz polícia
O gaúcho Marcelo Barberena matou a mulher após uma discussão e, para simular que havia ocorrido um assalto, atirou também na filha de 8 meses, Jade Carvalho. Essa é a conclusão do inquérito que a Polícia Civil deve entregar nesta terça-feira (1) sobre o assassinato de Adriana Moraes e sua filha, no dia 23 de agosto, em uma casa de veraneio em Paracuru, no litoral leste do Ceará. “Ele estava apaixonado por uma ex-colega de trabalho. Ele chorava por essa moça e planejou morar em Porto Alegre com essa amante e ele passou a ter muita raiva da Adriana”, afirmou ao G1 a titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Socorro Portela. A delegada disse ainda que no momento da discussão Barberena perdeu a cabeça e efetuou o disparo. “Então, ele pensou: ‘Qual pai mataria sua própria filha?’ Já que todo mundo falava que ele era um homem educado, amoroso com a família. Então, ele resolveu matar a pequena Jade para sustentar que, naquela hora, havia ocorrido um roubo”, continuou Socorro. Inicialmente, o suspeito do assassinato havia apontado o ex-caseiro da casa de veraneio como autor do suposto ataque na madrugada de domingo, quando mãe e filha foram mortas enquanto dormiam. Os policiais e a delegada, no entanto, desconfiavam da história apresentada por Barberena e pelos familiares dele, que também estavam na casa pertencente ao pai de Adriana. “Ele se mostrou frio e desconfiado [quando foi trazido para a delegacia após o crime]”, disse Socorro. O perito Charlton Bezerra explicou que o imóvel não foi arrombado, portanto, não houve assalto. “Foi constatado que em toda residência, do lado externo, na vizinhança, dava perfeitamente para ouvir os tiros. Principalmente por causa do horário, meia-noite”, acrescentou. Barberena confessou a autoria do crime ao visitar novamente a casa na segunda-feira, mais de 24h após o assassinato. O suspeito deve continuar preso e está sendo acusado de duplo homicídio por motivo fútil, por impossibilitar defesa e por feminicídio.
Por: BN