Suspeitos de matar PM alegam que roubaram após demissão
Os dois homens suspeitos de participarem do roubo que resultou na morte do policial militar Arisvaldo das Neves Santana, 47 anos, na noite desta segunda-feira, 21, alegaram que, por estarem sem emprego, resolveram assaltar.
Segundo a polícia, Antônio de Jesus Oliveira e Tawan da Silva Barbosa Tosta, 19 anos, afirmaram que esta foi a primeira vez que cometeram um crime. A dupla não tem passagem pela polícia, mas policiais ainda investigam se eles têm envolvimento em outras ações.
Moradores da avenida Paralela e estudantes do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), que utilizam a passarela onde o crime aconteceu, relatam que roubos são frequentes no local.
Ação
Segundo a polícia, Antônio confessou ter atirado no PM após ter abordado a vítima, sua esposa e um sobrinho. Os três saíam da Unijorge, onde estudam, quando Antônio tentou roubá-los. O cabo Arisvaldo esboçou uma reação e Antônio disparou contra ele. O policial foi atingido no tórax e axila.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) chegou a tentar socorrer a vítima, mas ele não resistiu aos ferimentos. O estudante universitário Marlon Figueiredo, que passava no local no momento do tiroteio, foi baleado e levado para o Hospital São Rafael. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
Antes de morrer, o cabo atirou contra Antônio, que foi baleado no tórax. O suspeito conseguiu fugir com apoio de Tawan, que o aguardava em um carro. A dupla fugiu em direção ao bairro de Mata Escura, onde moram.
Eles pediram que um vizinho prestasse socorro a Antônio, alegando que ele foi vítima de assalto. O homem, segundo a polícia, não sabia do envolvimento dos dois com crimes e aceitou levar Antônio para o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), no Cabula.
Ao saber da chegada de um homem baleado na unidade de saúde, policiais foram ao local e Antônio acabou confessando o crime. Ele apontou o endereço de Tawan, que foi preso em casa e não reagiu.
Antônio continua custodiado no hospital e Tawan foi apresentado na manhã desta terça no Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), na Pituba.
Arisvaldo era lotado no Departamento de Modernização e Tecnologia (DMT). O local do sepultamento ainda não foi definido.