Tragédia em Meca mata pelo menos 717 muçulmanos pisoteados
Durante peregrinação na Meca, confusão mata centenas de pessoas na Aábia Saudita. Pelo menos 717 pessoas morreram pisoteadas, na peregrinação que teve a participação de 3 milhões de muçulmanos, nessa quinta-feira (24.09.2015). Além dos 717 mortos, número que ainda pode aumentar, são mais 805 pessoas feridas segundo a Reuters.
O tumulto ocorreu na rua 204 da cidade de Mina, localidade onde os peregrinos permanecem hospedados por vários dias durante o clímax do hajj e que está situada a poucos quilômetros de Meca. A tragédia teria sido causada pelo grande número de pessoas aglomeradas no local.
Na TV, um ministro saudita culpou os peregrinos, falando que o incidente havia sido causado pela falta de disciplina. O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed ben Nayef, ordenou uma investigação sobre o ocorrido, decisão que foi tomada após um reunião em Mina, com os responsáveis pelo Hajj, que decidiram uma revisão de planos para a peregrinação anual.
A tragédia desta quinta-feira ocorreu perto de uma das pilastras de apedrejamento, quando várias pessoas que deixavam o local se encontraram com um grande número de peregrinos que desejavam ter acesso.
A rua 204 é uma das principais, onde os peregrinos realizam o apedrejamento do diabo, atirando pedras em granes pilares.
A segurança durante o hajj é uma questão politicamente sensível para a dinastia Al Saud, que controla a Arábia Saudita e se apresenta internacionalmente como guardiã do Islã ortodoxo e responsável por seus locais mais sagrados em Meca e Medina.
O governo gastou bilhões de dólares na modernização e expansão da infraestrutura para o hajj e em tecnologia de controle de multidão nos últimos anos. O último grande incidente com mortes havia ocorrido em 2006, quando pelo menos 346 peregrinos morreram em um tumulto.