“Elas sabiam”, diz suspeito de infectar mulheres com HIV de propósito
Ele afirmou ao jornal que transmitiu a doença para duas ex-companheiras, mas negou que insistia para fazer sexo sem preservativo
Acusado de contaminar mulheres com HIV de propósito, Renato Peixoto Leal Filho, 43 anos, foi indiciado pelo crime de contágio de moléstia grave, mas negou em entrevista ao jornal Extra ter escondido que era soropositivo. Ele afirmou ao jornal que transmitiu a doença para duas ex-companheiras, mas negou que insistia para fazer sexo sem preservativo e sem avisar que tinha Aids.
”Eu nunca fiz isso (transar sem comunicar ser portador do HIV). E ninguém veio pra mim, falar comigo, que foi contaminada”, garantiu. Para ele, toda a história é uma vingança da ex-namorada, que veio de outro estado para morar com ele no Rio depois que os dois se conheceram pela internet. A relação durou cerca de dois meses e depois a jovem de 23 anos voltou para a casa dos pais. Ela disse ao jornal que tudo terminou depois que descobriu que Renato era soropositivo e estaria escondendo isso.
Renato deu duas versões diferentes para a situação. Primeiro, disse que desde o início do relacionamento avisou que era soropositivo. “Quando ela soube, falou que não teria problema transar inclusive sem camisinha, porque queria ser mãe”, disse. Depois, ele contou outra versão similar à da jovem. “Ela descobriu aqui em casa, através de exames da minha ex-mulher. Ela descobriu e eu abri o verbo. Até então, eu não tinha comunicado”, disse.
Ele diz que explicou para a jovem que o vírus está “praticamente morto” nele, que há anos não fica doente. “Expliquei pra ela que, no meu caso, como me trato há muitos anos, o vírus é praticamente… o meu médico é um dos melhores do Brasil, eu mesmo pergunto sempre qual é o risco de pegar caso minha camisinha estoure e eu não perceba, e ele falou que é 99% de chance de não pegar. Isso porque sou um cara que se trata, porque tenho um vírus paralisado, praticamente morto. Ele não está reagindo. Não fico doente há muitos anos”, garante.
Depois, ele voltou a insistir que mesmo antes da jovem encontrar o exame, ele já havia comentado da doença. “Não sei se ela não se ligou muito bem, mas deixei claro, sim.”, diz. “Hoje a promiscuidade está muito grande, né. As garotas vão para a boate, saem, vão para o carrinho e transam. “Dão” mesmo. E às vezes um cara tem (o vírus HIV), mas não sabe e não se trata. Então, o risco de pegar com um cara desse é muito maior do que comigo, porque eu me cuido”, acredita.