Ataques palestinos deixam 3 mortos e aumentam a tensão em Israel
Ministro da Segurança Pública israelense está considerando isolar regiões palestinas em Jerusalém Oriental
Palestinos armados com facas e uma arma de fogo mataram nesta terça-feira pelo menos três pessoas e feriram várias outras em uma série de ataques em Jerusalém e em Ra’anana, localidade próxima a Tel Aviv, informou a polícia de Israel, em um ‘Dia de Fúria’ convocado por grupos palestinos.
Com a pior inquietação dos últimos anos em Israel e territórios palestinos sem sinais de diminuição, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu por um encontro do gabinete de Segurança para discutir novos planos operacionais. Autoridades disseram que o ministro da Segurança Pública de Israel estava considerando isolar as regiões palestinas em Jerusalém Oriental, lar de muitos dos agressores das semanas recentes, do resto da cidade.
Diferentemente do que acontece na Cisjordânia, palestinos em Jerusalém Oriental podem viajar em Israel sem restrições. Israel anexou Jerusalém Oriental após uma guerra em 1967, em uma ação que não foi reconhecida internacionalmente.
Israel vive uma onda de violência que já tirou a vida de sete israelenses e deixou mais de vinte feridos. Entre os palestinos, são 26 mortes e dezenas de feridos. Em 13 dias, ocorreram dezessete esfaqueamentos de palestinos contra israelenses e um caso em que um judeu ultraortodoxo apunhalou quatro árabes na cidade de Dimona, no sul do país, além de múltiplos distúrbios violentos e enfrentamentos entre palestinos e forças de segurança israelenses em Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza.
A tensão é tão grande que aumenta a cada dia o risco de uma grande revolta palestina sob a forma de uma terceira intifada. Além disso, o medo dos atentados com bomba que durante a segunda intifada (2000 – 2005) semearam o terror entre a população israelense retornou com força. A primeira intifada ocorreu em 1987.
Por: Veja