Comerciais de cerveja machistas podem estar com os dias contados; entenda
No Brasil, a grande maioria dos comerciais de cerveja envolve mulheres (e, consequentemente, homens), praia e o calor – um deles, inclusive, juntou tudo isso na personificação da bela Verão, daquela marca lá… qual mesmo?
Pois é, não é todo mundo que se lembra de primeira da associação entre mulher bonita (e seminua) e cerveja. E isso não é opinião da redação, não: quem o diz são os pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.
Em seu estudo, divulgado pela Associação Americana de Psicologia, mais 8 mil pessoas foram analisadas em 53 testes diferentes a fim de mensurar o impacto que as propagandas têm nas vendas e, principalmente, em quem assiste.
A principal conclusão deles foi que, quando vemos os comerciais na TV, ficamos intrigados, com o coração acelerado e a pele mais quente, mas isso não necessariamente desperta em nós um desejo de consumir cerveja.
Na verdade, os cientistas descobriram que o público justamente tende a ter reações negativas a esse tipo de propaganda. Quando a televisão tenta relacionar o consumo da bebida com cenas eróticas (ou de violência), toda a atenção do espectador se volta para os atores.
“É senso comum dizer que violência e sexo vendem bem. Entretanto, nós acreditamos que eles têm o efeito contrário nas pessoas”, afirmam os pesquisadores Robert Lull e Brad Burshman. “Desta forma, os publicitários deveriam considerar os efeitos do conteúdo de mídia, sua intensidade e a congruência do anúncios.”
Talvez por isso que não consigamos nos lembrar de primeira qual propaganda é de qual fabricante – são tantas, né? Quem sabe os anúncios machistas e violentos não estejam com os dias contados.