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21 September 2024
Rui afirma: "As contas do estado não têm condições de suportar qualquer suplementação financeira" (Foto: Arquivo Click Notícias)

Rui Costa descarta repasse de R$ 17 milhões para Nilo fechar contas

O governador Rui Costa (PT) afirmou no final da manhã desta terça-feira, 20, que a Fazenda não tem “uma maquininha de imprimir dinheiro” e descartou a possibilidade de repassar R$ 17 milhões solicitados pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo para fechar as contas.

Rui disse, ainda, que a situação “é muito grave” e fez um apelo para os chefes de Poder: “Vejam o que podem cortar, a situação é grave. Mas nós agiremos sempre com cooperação, diálogo. Vou pedir que ajam com serenidade e cooperação porque não tenho na Fazenda uma maquininha de imprimir dinheiro. Não há milagres a fazer”.

Ele disse, ainda, que cada um administra sua parte e que “todo mundo tem que fazer seu dever de casa. E descartou completamente a suplementação financeira: “Eu gostaria de manter ou fazer concessões, mas não posso porque não tenho recurso. Estou fazendo cortes. Faço um apelo: não teremos condições de fazer suplementação”, cravou o governador”.

Rui deve sentar nos próximos dias com Nilo e Eserval Rocha (Judiciário), além de presidentes dos tribunais de contas e Ministério Público.

Nilo – Nesta segunda, 19, o deputado Marcelo Nilo (PDT) informou que aguardava o repasse de R$ 17 milhões para fechar as contas no verde. Segundo Nilo, o repasse é 50% menor do que foi acertado com o governador em dezembro de 2014, após a aprovação do orçamento da Assembleia para 2015, que foi fechado em R$ 453 milhões. Este valor, já se previa, seria insuficiente para cobrir os custos da Casa em 2015, razão pela qual Nilo teria acertado com o governador Rui Costa (PT), ainda em dezembro, o repasse extra.

Nilo afirmou que o então governador eleito Rui Costa teria dado a palavra de que repassaria os recursos. Nilo afirmou ainda que reduziu as despesas, com cortes em diversos setores como a publicação de livros e publicidade, limitando telefonemas, suspendendo contratações e efetuando outros cortes.

O deputado chegou a afirmar que barrou o aumento do número de comissões, o que levou a uma economia de R$ 14 milhões. “É o único ano que não pedi suplementação, por causa da crise”, disse.

Por Regina Bochicchio, Joyce de Sousa e Paula Janay / A Tarde