Polícia conclui inquérito da morte de coronel torturador e classifica crime como latrocínio
Foto: Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo
Após a prisão de mais dois suspeitos na morte do coronel reformado Paulo Malhães, ocorrida no dia 29 de abril, a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, encerrou o inquérito e classificou o crime como roubo seguido de morte. “Não restam dúvidas de que seja latrocínio. Foram colhidos cerca de 40 depoimentos, além de provas técnicas temos provas contundentes do envolvimento dos cinco presos que descartam qualquer outra hipótese para o crime", afirmou o delegado titular Pedro Henrique Medina. Havia as hipóteses de queima de arquivo ou de vingança, já que o oficial confessara à Comissão Nacional da Verdade (CNV), um mês antes de morrer, que havia participado de sessões de tortura durante o regime militar. Foram presos Alex Sandro de Lima e Maycon José Cândido, cunhados do caseiro do sítio de Malhães, Rogério Pires, também envolvido no crime. "Rogério ficou responsável por passar as informações que ele tinha sobre a rotina do coronel. Anderson e Rodrigo foram os executores do crime. Os dois cunhados participaram do resgate das armas e da fuga dos irmãos. Eles dizem que foram ao sítio fazer um favor ao Anderson", informou o delegado assistente William Pena Júnior. Rodrigo confessou ter agredido o coronel com socos e coronhadas. No entanto, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi infarto.