PDDU deve ser de toda Salvador, diz Suíca
Os debates envolvendo a Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Salvador ganham contornos cada vez mais complexos. A afirmação é do líder da oposição na Câmara de Vereadores, Luiz Carlos Suíca (PT), que voltou a defender, nesta terça-feira (27), que o plano deve considerar e priorizar bairros periféricos e onde há concentração de famílias em situação de vulnerabilidade social. “Precisamos de um PDDU para as comunidades mais necessitadas, a gente não pode focar o projeto só na orla e nos bairros nobres. Já falei isso antes e volto a repetir, a juventude tem perdido espaço de lazer e de entretenimento, de espaços comuns e isso não ajuda em nada só piora a situação da capital. Nós, que estamos imbuídos do PDDU, precisamos nos aproximar mais da comunidade, esse plano tem que ter a cara do povo”, dispara Suíca.
Para o edil petista, algumas pessoas ainda não compreendem a importância do PDDU. “É o PDDU que vai pensar a cidade para o futuro. Estamos perdendo tradições importantes dos bairros. Cito o exemplo da direção do time do Cruzeiro, em Minas Gerais, que leva os meninos para jogar bola na rua, no asfalto, pelo menos uma vez na semana. Estamos perdendo essa tradição, dos craques formados na rua, porque não há mais espaços de lazer. Em Pernambués, por exemplo, a comunidade perdeu o Campo de Santo, isso é um absurdo”, frisa o parlamentar. Em Salvador, a questão de mobilidade e de infraestrutura urbana ainda é entrave para a atual gestão e o líder da oposição afirma que é preciso reunir forças, sem medir esforços para viabilizar as alterações no PDDU.
“Temos que apresentar aos poderes públicos, executivo e legislativo, um plano para a sociedade como um todo. Para a criação de emprego. Sem teatro, sem isso de querer se aparecer. Temos que dar nossa contribuição para a cidade, não podemos aceitar um PDDU feito de qualquer forma. Como nós estamos atentos ao plano municipal, dando nossa contribuição, também estamos na expectativa do PDDU metropolitano, que é maior, vai ser enviado à Assembleia Legislativa pelo governo estadual e também deve ser pensado segundo a mesma lógica, investindo em espaços comuns para a juventude, em especial”.