Governador Rui Costa visita obras de reforma do Palace Hotel
Primeiro hotel de luxo da Bahia, imóvel será reinaugurado em 2016
Famoso no século passado, quando recebia chefes de estado, atores de Hollywood e outras personalidades, o Palace Hotel, localizado na Rua Chile, acabou fechando há dez anos depois de entrar em declínio. Adquirido pelo grupo mineiro Fera Empreendimentos, o prédio, construído em 1934, está passando por reformas desde setembro do ano passado. A previsão de inauguração é junho de 2016.
Na manhã desta quinta-feira (29), o governador Rui Costa fez uma visita às obras e destacou a importância da iniciativa para a revitalização do Centro Histórico de Salvador. “Vim aqui para estimular e agradecer a iniciativa. É nisso que acredito como projeto estruturante para o Centro Histórico de Salvador. É um local não de visitação, mas de convivência do baiano e daqueles que nos visitam”, afirmou o governador. Segundo a assessoria, o governo do estado está incentivando empresários a investirem em imóveis na região, mas não detalhou que tipo de incentivos seriam.
De acordo com Antonio Mazzafera, presidente do grupo Fera Empreendimentos, entre a compra do imóvel e a reforma, já foram investidos mais de R$ 40 milhões. Com mais de 6 mil m², o hotel tem capacidade para receber 160 hóspedes em seus 81 apartamentos. Além de abrigar quem vem de fora, Mazzafera destaca que há uma preocupação em atrair também os baianos para aproveitar o local, frequentando o salão de festas e eventos com capacidade para 300 pessoas, os dois restaurantes e dois bares que serão construídos no lugar.
O processo de reforma buscou preservar itens característicos do hotel, que foi construído em estilo Art Déco pelo premiado arquiteto dinamarquês Adam Kurdhal. “Absolutamente tudo que era possível preservar nós preservamos. Os itens que estavam destruídos nós estamos restaurando. Estamos restaurando todas as 434 janelas, a fachada do prédio, que tem 3.500 m², os 20 adornos Art Déco, assim como o piso de taco e de mármore”, afirmou Mazzafera.
Segundo ele, foi realizada uma pesquisa específica sobre o tipo de material que foi utilizado na construção do imóvel, em 1934, para que o material seja replicado no prédio reformado. “A ideia é preservar o patrimônio e isso faz parte da cultura do Brasil e da Bahia”, disse Mazzafera.
Por Amanda Palma/Correio