Alegando desmatamento, Marcell Moraes quer parar obras do metrô de Salvador
O deputado e presidente da Comissão do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcell Moraes (PV), quer parar a obra do metrô de Salvador. Ao Metro1 nessa quinta-feira (5), Marcell afirmou que vai acionar o Ministério Público da Bahia (MPBA), através da promotora Hortênsia Pinho, sobre o desmatamento feito no canteiro central da Avenida Luís Viana Filho, a Paralela, para a construção da linha 2 do metrô.
“Quando se faz uma obra dessa em qualquer lugar do mundo, é possível se investir mais em não desmatar e fazer a mesma coisa. Eu não sou contra o metrô, não sou contra o progresso. Mas prezo pelo bom senso e o estudo. O que acontece aqui na Bahia, é que se faz uma obra dessas para economizar palito e eles acabam desmatando e enterrando um patrimônio que são as poucas árvores que restam em Salvador”, explicou.
As obras, realizadas pela CCR Metrô e o governo do estado, possuem autorização do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), com licença ambiental expedida em dezembro do ano passado. Mas, de acordo com Marcell, a solução para o problema ambiental é parar as obras. “De imediato, interditar as obras até que fosse feito um estudo específico se realmente tinhamos que derrubar aquelas árvores e aterrar uma lagoa e se esse estudo comprar que tinha licença adequada para isso. Que a gente invista em APP, Área de Preservação Ambiental Permanente”, diz.
Questionado sobre o impacto que a pausa nas obras traria para o desenvolvimento e mobilidade da cidade e de toda a Região Metropolitana, o deputado afirmou que são consequências necessárias. “Se não há ilegalidade, há imoralidade. A prova disso é que só desmatam a noite, colocam tapumes (…) é melhor a gente dar um passo para trás agora. Eu tenho filha pequena e quero que, daqui há 15 anos, ela possa viver em uma Salvador que tenha mobilidade urbana e seja arborizada. Eu não vou querer que minha filha esteja em uma cidade que tenha mobilidade urbana eficaz, porém, onde as pessoas morram por causa da poluição”, argumentou.
Por Metro1