Cadê? Elevadores da Via Expressa ainda não têm previsão de funcionamento
Com investimento de R$ 480 milhões, a Via Expressa Bahia de Todos os Santos foi inaugurada em 1º de novembro de 2013, após quatro anos de obras, com um projeto que previa a construção de três túneis, 14 viadutos e 10 faixas, além de quatro passarelas interligando os bairros, ciclovia com três metros de largura e 35,5 mil m² de passeio.
As passarelas, segundo o governo do estado, seriam uma atração à parte: localizadas uma na Av. Heitor Dias, outra na Barros Reis e a terceira na Estrada da Rainha, elas contariam com elevadores hidráulicos para portadores de necessidades especiais, com capacidade para transportar de 8 a 10 pessoas.
Com prazo de execução de seis meses, mais de dois anos se passaram e nada dos modernos equipamentos na via. Dos oito elevadores previstos, apenas dois já foram instalados, mas não funcionam. Enquanto isso, a população continua aguardando, e as estruturas que dariam espaço aos equipamentos, servindo para acumular lixo e abrigo para moradores de rua.
Conder não explica dois anos de atraso
Procurada pelo Jornal da Metrópole, a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) não explicou o motivo do atraso de mais de dois anos na obra.
A Conder reconheceu que a estrutura de apenas dois elevadores já foi instalada, numa das passarelas na Avenida Heitor Dias. Segundo a Companhia, a instalação está na fase final de testes. “Outros quatro elevadores também previstos para a Av. Heitor Dias estão com toda infraestrutura concluída, restando apenas a fabricação de parte da estrutura em aço inox e da proteção em policarbonato”, disse, por intermédio de nota.
Passarela também continua no papel
Sobre os dois elevadores restantes, previstos para instalação na Av. Barros Reis, a Conder afirmou que eles só serão instalados após a conclusão de outra passarela — também atrasada. “Com relação à operação dos elevadores, estão sendo mantidos entendimentos com a Secretaria de Mobilidade (Semob) da Prefeitura de Salvador, que ficará responsável pelos equipamentos após a conclusão dos serviços pela Conder”, explicou.
Os pedestres, porém, não caem nesta conversa. “Se o equipamento foi colocado no projeto é porque traz benefícios. A população não merece usufruir disso?”, questiona Jimi Fernandes, que passa pelo local desde o início da obra.