A novela continua: Segurança Pública volta a criticar a prefeitura e exige pagamento do efetivo policial
A ‘novela mexicana’ entre a Prefeitura de Salvador e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado a respeito de um show no dia 21 de fevereiro segue rendendo críticas às vésperas do Carnaval. Tudo por conta de um evento que acontece no dia 21 de fevereiro (terça-feira), no Farol da Barra, com apresentações de bandas e Djs em trio e palco. A SSP alega que a Prefeitura agiu com “falta de respeito com a população” RELEMBRE AQUI e que a festa pode colocar em risco a segurança de baianos e turistas. Já o poder público municipal afirma que a festa, organizada por um dos patrocinadores do Carnaval, “segue ainda em planejamento” e que não se trata da ampliação da folia momesca, uma vez que vai ter duração de quatro horas.
Após a resposta da Prefeitura, a SSP fez uma sugestão e disse que o custeio dos serviços policiais necessários para realização da festa pode ser arcado com a empresa organizadora da festa, por meio de pagamento do Fundo Especial de Aperfeiçoamento dos Serviços Policiais (Feaspol). “O fundo tem como finalidade prover recursos para o reequipamento material das Polícias Civil e Militar, além de servir para a compensação dos encargos adicionais de pessoal decorrentes do exercício do poder de polícia, de prestação de serviços específicos e/ou diferenciados na área de segurança pública e fiscalização do cumprimento da legislação administrativa-policial. A prática é comum em grandes eventos, como jogos de futebol, shows privados, entre outros”, afirma a nova nota da SSP.
O órgão ainda falou da importância do planejamento conjunto com as diversas instituições envolvidas na realização do Carnaval de Salvador, “levando em conta principalmente os serviços essenciais oferecidos para baianos e turistas”. “Encaminhar um documento comunicando a execução do evento faltando apenas 15 para a sua realização é não oferecer tempo hábil para a disponibilização de todos os recursos necessários à população”, critica a Secretaria.
Por último a SSP criticou a interferência do trabalho realizado no Posto Policial Integrado (PPI), instalado tradicionalmente no Farol da Barra, que seria causada pelos shows no grande palco montado ao lado da estrutura. “A SSP reivindica que os organizadores do evento providenciem também o isolamento acústico da unidade, de modo que permita um ambiente saudável de trabalho para os policiais e para quem necessite do atendimento”, divulgou o órgão.