Abam agora luta por inclusão de vendedoras de beiju na legislação
À frente da Associação das Baianas de Acarajé e de Mingau (Abam), Rita Santos não nasceu na Bahia: é carioca. Ex-bancária, ela está desde 1987 em Salvador e coordena os trabalhos na entidade desde 2001. Na última semana, esteve no centro da polêmica retirada da salada no tradicional bolinho de feijão – que diante da repercussão negativa, acabou não acontecendo. “A gente sabe, tomate é uma coisa perecível e na cidade faz muito calor. Tem baiana que trabalha em pleno sol, na praia. Então a gente sabe que por ser um produto perecível, corre mais risco de ter contaminação”, cita, explicando de onde veio a ideia. Rita conta, porém, que a salada foi o último recheio a ser incorporado no acarajé, que inicialmente era acompanhado apenas por pimenta. Os desdobramentos da atualização do decreto, assinado no último dia 1º, vão além dos tomates. “Porque se você está só com o tabuleiro lá e não está vestida, você não é patrimônio. Se você está vestida e não está com tabuleiro consonante, você também não é patrimônio”, explica, sobre as novas regras que estabelecem a vestimenta obrigatória para as vendedoras da iguaria. Nos próximos passos da Abam está também a luta pela inclusão das vendedoras de beiju na legislação que trata das baianas.