Adesão total do governo Temer pelo PSDB já é negociada
A direção nacional do PSDB impôs condições ao vice-presidente Michel Temer para adesão em sua totalidade a um governo dele. A primeira, é que qualquer conversa com o partido deve acontecer em “caráter institucional”, o que significa dizer que o senador José Serra (SP) não é o único nome entre os tucanos a ser procurado pelo vice. A segunda e mais complexa é que Temer e o PMDB devem se manter distantes das eleições municipais deste ano em cidades que o PSDB considera prioridades eleitorais do partido.
Temer está disposto a conversar sobre esses pontos e, nesta terça-feira, 26, o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, mudou seu discurso e disse que o partido não deverá se opor a eventuais participações de membros em um futuro governo Temer. “Se amanhã o presidente Michel optar, considerar o nome de membros do PSDB, obviamente deverá fazer isso conversando com a direção do partido, que não deverá se opor”, afirmou Aécio, após reunião de quase três horas com a bancada do partido na Câmara.
Eleições
Os tucanos querem o peso político de um eventual governo Temer e do PMDB fora das eleições em cidades onde os tucanos possuem boas chances neste ano, como Manaus, Fortaleza e São Paulo. Eles também buscam um compromisso em relação a 2018: Temer não disputar a reeleição e não interferir nas eleições estaduais.
Essas propostas já haviam sido apontadas por Serra em entrevista ao Estado em março, mas agora foram encampadas pela direção nacional do PSDB. Esse é o maior entrave para o acordo. O PMDB é um partido com forte tradição municipal e estadual, com a qual impulsionou na última década a ampliação das bancadas no Congresso.
Click Notícias