Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal iniciaram uma paralisação de 24 horas, em vários estados do país, nesta quarta-feira (7). A categoria pede a reestruturação da carreira, reajuste salarial, novas contratações e mudanças nos processos de investigações criminais.
Alagoas
Os agentes montaram uma tenda em frente à sede da PF no bairro do Jaraguá, em Maceió, com várias faixas contra o governo federal e um elefante branco inflável representando a ineficiência dos inquéritos policiais.
Ceará
Apenas 30% permaneceram trabalhando em Fortaleza. Os servidores se concentraram em frente ao prédio anexo à Superintendência do Ceará. O setor de emissão de passaportes também funciona normalmente.
Distrito Federal
Servidores públicos federais cercaram o prédio por volta de 5 horas da manhã e impediram a entrada dos funcionários que chegavam para o trabalho, em Brasília. Representantes da categoria foram recebidos no ministério para apresentar a pauta de reivindicações.
Mato Grosso
Policiais federais paralisaram as atividades no estado. Os servidores pretendem se concentrar em frente ao diretório estadual do PT, no Centro de Cuiabá, no período da tarde. Conforme o Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso (Sinpef-MT), as reivindicações da categoria são as mesmas desde 2012. Entre as cobranças estão reajuste salarial, reestruturação de carreira e novo concurso para contratação de mais profissionais.
Mato Grosso do Sul
Vestidos com ternos e de olhos vendados, agentes da PF protestaram em Dourados e Ponta Porã. Eles pediam maior atenção do governo federal com a instituição. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul (Sinpef-MS), Jorge Luiz Caldas, os policiais não tem condições de trabalho e as delegacias estão sucateadas.
Pará
Policiais federais estão reunidos em Belém, em apoio à paralisação o nacional da categoria, que realiza um protesto para chamar atenção da população sobre a crise que o órgão enfrenta.
Piauí
Com vendas nos olhos, servidores se concentraram em frente à sede da Polícia Federal em Teresina. A venda nos olhos seria uma crítica às autoridades, que, segundo os servidores, não enxergam a atual situação da instituição. Os manifestantes também voltaram a usar um elefante branco de aproximadamente três metros de altura para simbolizar a ineficiência nos processos de investigações criminais.
Rio de Janeiro
Dezenas de policiais federais — alguns usando máscaras — realizaram uma manifestação pacífica na porta da casa de festas onde foram confirmados os nomes dos jogadores brasileiros que vão disputar a Copa do Mundo, no Centro do Rio. Alheios à convocação dos atletas do lado de dentro da casa de festas, eles ignoraram também a lei estadual que proíbe o uso de máscaras, já que alguns chegaram a usar o disfarce e outros cobriram o rosto parcialmente com os panos vermelhos.
Rio Grande do Norte
Agentes também usaram vendas nos olhospara protestar em frente à sede da superintendência em Natal. Apesar da paralisação de 24h, o sindicato afirma que o atendimento ao público não será afetado. Serviços como emissão de passaportes e fiscalização nos aeroportos seguem normalmente. Apenas as investigações de longo prazo não serão realizadas nesta terça, quarta e quinta.
Rio Grande do Sul
Com 24 horas de duração, a paralisação atinge as 13 delegacias da PF no estado. Em Porto Alegre, um ato público ocorre na sede da superintendência regional da corporação. Com um elefante branco inflável, servidores protestam e usam faixas pretas para cobrir a boca. Apenas serviços urgentes serão realizados.
Roraima
Com roupas pretas, agentes, escrivães e papiloscopistas se reuniram no centro de Boa Vistapara uma manifestação de advertência com entrega de panfletos à poulação. O ato aconteceu na frente da Assembleia Legislativa de Roraima (Ale/RR). O presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Roraima (Sinpofer) Luis Barroso ressaltou a importância da PF no Estado, devido à atuação nas fronteiras com a Venezuela e a Guiana.
Sergipe
A Polícia Federal volta a protestar com um elefante branco em frente à Superintendência Regional, em Aracaju. Durvalino Xavier Nascimento Filho, presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Sergipe (Sinpef), afirma que somente em Sergipe há um déficit de 50 policiais.