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24 November 2024

Ainda sem cura, doença neurodegenerativa atinge um a cada 100 mil pessoas no Brasil

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A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença rara, neurodegenerativa e progressiva, afeta no Brasil, uma em cada cem mil pessoas. Em relação às mulheres, homens têm 1,2 vez mais chance de desenvolver a enfermidade antes dos 70 anos. Segundo o pesquisador coordenador científico do Instituto Paulo Gontijo, Miguel Mitne, em 90% dos casos de ELA não se sabe a causa, nos outros 10% a doença tem predisposição hereditária. 

Doença ainda sem cura, a ELA tem o pico de incidência próximo dos 60 anos de idade. Apenas um tratamento é aprovado para a doença, que normalmente estende a vida do paciente por quatro meses a seis meses. A ELA provoca a morte de neurônios motores, que são células que fazem a conexão entre o que a pessoa deseja movimentar e o músculo responsável pela ação.

“É uma doença que carece muito de novos tratamentos e novas medicações que possam não só ajudar a estender a sobrevida, mas também a melhorar a qualidade de vida do paciente”, diz Miguel Mitne. De acordo com ele, há diversas pesquisas clínicas em desenvolvimento que visam a aumentar a vida do paciente. No entanto, nada é conclusivo.

Portadores da ELA, geralmente tem uma perda progressiva da movimentação e normalmente morrem por falência respiratória. O óbito é comum em pacientes acamados, que já não movimentam pernas e braços. Segundo o especialista, depois que os sintomas aparecem, é frequente que a sobrevida seja de três anos a cinco anos. Mitne ainda informa que o principal tratamento da ELA deve ser multidisciplinar, com fisioterapeuta, nutricionistas e assistentes sociais. Informações da Agência Brasil.