Alta de roubos faz disparar em até 80% vendas de seguros para celular
Um celular é tirado de seu dono a cada 12 minutos no estado do Rio de Janeiro, segundo o ISP (Instituto de Segurança Pública), que registrou 13.796 furtos de aparelhos no primeiro semestre, um aumento de 135,3% em relação a 2021. No estado de São Paulo, o próprio governo informa que um smartphone é roubado a cada três minutos, e há pouco mais de dez dias, a Polícia Civil divulgou que, só de janeiro a maio, os roubos de aparelhos cresceram 815%.
Com a explosão dos roubos e furtos de celulares, para não ficar no prejuízo, muita gente já está recorrendo ao seguro para smartphone, o novo queridinho das seguradoras, que tiveram aumentos de até 80% nas vendas desse produto só neste ano, em todo o país.
Tanto empresas tradicionais quanto as modernas seguradoras digitais 100% online apostam no potencial desse segmento. Uma pesquisa simples no site de buscas mais popular da internet mostra que há, pelo menos, oito companhias que comercializam esse tipo de seguro no Brasil
A Porto, com 77 anos de atuação no mercado, reformulou o seguro para celular que já tinha, e o relançou no início do ano. “O Brasil tem mais de 240 milhões de aparelhos, é mais de um celular por pessoa. Cada vez mais coisas importantes estão nos smartphones, e ainda pouca gente tem seguro. Por isso, temos uma ambição grande, queremos oferecer uma boa experiência para atrair até 1 milhão de clientes nos próximos três a cinco anos”, diz Jarbas Medeiros, diretor executivo de ramos elementares da Porto.
A seguradora digital Pier vende seguros para iPhones desde janeiro de 2018 e, em 2019, expandiu a proteção para outras marcas de smartphones. É uma startup do ramo de seguros, tipo de empresa também conhecida como insurtech, e foi fundada em 2018, em São Paulo. Nos primeiros seis meses deste ano, também registrou aumento expressivo da procura por seguros para celular.
“Fechamos o primeiro semestre de 2022 com um crescimento de 49% da nossa base de clientes do Seguro Celular, em relação ao fim do ano passado, superando os 85 mil aparelhos protegidos. Isso significa que as pessoas estão preocupadas em manter seus smartphones protegidos, e cada vez mais interessadas em ter menos um problema para pensar, fala Flávia Molina, diretora de marketing da Pier.
A empresa oferece proteção para modelos das marcas mais comuns no Brasil, como Apple, Samsung, Xiaomi e Motorola, entre outras, novos ou usados, mesmo que não tenham mais a nota fiscal. “Por isso, temos seguro também para os celulares adquiridos fora do país”, diz Flávia.
A Porto também aceita qualquer tipo de aparelho, dos mais simples aos mais completos e sofisticados, novos e usados, desde que tenham até dois anos de uso. Também não é exigida a apresentação da nota fiscal, porque a empresa realiza uma “vistoria” virtual.
O Seguro Celular Porto tem quatro opções de contratos, com diferentes coberturas. Os preços variam conforme a modalidade esolhida e o modelo do aparelho. O consumidor pode optar por um seguro que cubra apenas roubo, somente quebra acidental ou roubo e quebra acidental. O quarto e último tipo de cobertura inclui furto simples, além de roubo e quebra acidental. As coberturas da maioria das seguradoras são bem parecidas a essas.
O roubo acontece quando um bem é subtraído em um assalto, quando há confronto entre o ladrão e a vítima. No furto simples, a pessoa não vê quando o ladrão pega o bem, só percebe posteriormente que já não está mais com ele.
“Hoje temos esses quatro planos, bem básicos, que atendem a públicos com perfis diferentes. Eu, que tenho uma criança pequena em casa, que toda hora derruba meu celular, contratei o seguro contra quebra acidental do aparelho. É o que me preocupa mais, porque eu não saio mais para baladas, já estou casado, fico mais em casa, rodo menos [de carro]. O risco de roubo é menor, portanto, não preciso de uma cobertura contra roubo ou furto”, explica Medeiros.
Para o diretor da Porto, essa não seria a melhor opção para motoristas de táxi e de aplicativos de transporte: “Eles estão na rua o tempo todo, circulam por todos os lugares, talvez precisem mais da cobertura contra roubo do que a contra quebra acidental”.
Medeiros diz que também é possível incluir no contrato mais de um aparelho, da própria pessoa, ou de outra pessoa da família. O seguro não tem carência e pode ser usado 24 horas depois da contratação. Há a opção de pagar a anuidade em até 12 parcelas mensais, debitadas diretamente no cartão de crédito, e a contratação é feita pelo site da seguradora, ou diretamente com um corretor. Se o segurado tiver alguma ocorrência e precisar acionar o seguro, deverá pagar uma franquia, correspondente a 25% do valor do aparelho.
Nos casos de roubo ou furto, a reposição é feita por meio de reembolso ou envio de aparelho igual ou equivalente, observado o valor de mercado. Antes de adquirir o seguro, é possível fazer cotações no site ou no aplicativo da Porto. Para se ter uma ideia, em uma simulação de um seguro de quebra acidental para um iPhone 12 de 128GB de memória, que custa cerca de R$ 5.300, a proteção sairia por 12 parcelas de R$ 29.
O preço do plano completo para o mesmo aparelho é 12 vezes de R$ 59. Para um smartphone Samsung Galaxy S20, cujo preço de mercado é R$ 4.450, os mesmos planos ficariam em 12 x R$ 32 e 12 x R$ 60.
“Nosso público hoje é jovem, metade ainda é solteiro, a maioria é de mulheres, e 98% são pessoas físicas. Esse é o primeiro contato desses clientes com um seguro, ele é a porta de entrada na companhia. O público do seguro de carro, por exemplo, já é um pouco mais velho, está na casa dos 30 anos”, conta o diretor da Porto.
Os tipos de coberturas oferecidas podem até ser parecidos, mas as diferenças entre os seguros de cada empresa estão nos detalhes. Zona de cobertura, pagamento de franquia, prazo de carência, exigência de apresentação de BO (boletim de ocorrência), em caso de roubo ou furto, ou de nota fiscal, tempo de reposição do aparelho ou de liberação do conserto em caso de sinistro e a tabela de preços dos aparelhos para os valores a serem reembolsados são temas importantes, e que devem contar na hora da decisão.
O Seguro Celular da Pier oferece cobertura contra roubo, furto qualificado e furto simples. “Em fase piloto, está com proteção opcional contra danos à tela de iPhone, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro”, diz Flávia Molina. Ela conta que a empresa pretende expandir essa cobertura para outras regiões e aparelhos até o fim do ano.
Quanto aos planos, a seguradora tem duas opções, o Premium, que reembolsa 100% do valor do aparelho seminovo, e o Econômico, cujo montante devolvido é de 80%. “Vale ressaltar que o seguro da Pier, por ter renovação mensal, não tem implica em carência ou cobrança de franquia. O valor da mensalidade varia de acordo com o modelo e memória do smartphone, independente do tempo de uso ou do perfil do proprietário. E, para calcular o valor a ser reembolsado em caso de sinistro, usamos como base a tabela PIPE, similar à tabela FIPE dos automóveis, desenvolvida internamente na Pier”, explica a diretora de marketing da empresa.
A abrangência da cobertura é nacional e, segundo Flávia, a Pier deve ampliar em breve a proteção para viagens ao exterior. Em caso de roubo ou furto, o segurado deve bloquear o IMEI do aparelho (International Mobile Equipment Identity, um número de identificação, único), fazer boletim de ocorrência, e acionar o seguro diretamente pelo site ou aplicativo da Pier.
Para o diretor da Porto, essa não seria a melhor opção para motoristas de táxi e de aplicativos de transporte: “Eles estão na rua o tempo todo, circulam por todos os lugares, talvez precisem mais da cobertura contra roubo do que a contra quebra acidental”.
Medeiros diz que também é possível incluir no contrato mais de um aparelho, da própria pessoa, ou de outra pessoa da família. O seguro não tem carência e pode ser usado 24 horas depois da contratação. Há a opção de pagar a anuidade em até 12 parcelas mensais, debitadas diretamente no cartão de crédito, e a contratação é feita pelo site da seguradora, ou diretamente com um corretor. Se o segurado tiver alguma ocorrência e precisar acionar o seguro, deverá pagar uma franquia, correspondente a 25% do valor do aparelho.
Nos casos de roubo ou furto, a reposição é feita por meio de reembolso ou envio de aparelho igual ou equivalente, observado o valor de mercado. Antes de adquirir o seguro, é possível fazer cotações no site ou no aplicativo da Porto. Para se ter uma ideia, em uma simulação de um seguro de quebra acidental para um iPhone 12 de 128GB de memória, que custa cerca de R$ 5.300, a proteção sairia por 12 parcelas de R$ 29.
O preço do plano completo para o mesmo aparelho é 12 vezes de R$ 59. Para um smartphone Samsung Galaxy S20, cujo preço de mercado é R$ 4.450, os mesmos planos ficariam em 12 x R$ 32 e 12 x R$ 60.
“Nosso público hoje é jovem, metade ainda é solteiro, a maioria é de mulheres, e 98% são pessoas físicas. Esse é o primeiro contato desses clientes com um seguro, ele é a porta de entrada na companhia. O público do seguro de carro, por exemplo, já é um pouco mais velho, está na casa dos 30 anos”, conta o diretor da Porto.
Os tipos de coberturas oferecidas podem até ser parecidos, mas as diferenças entre os seguros de cada empresa estão nos detalhes. Zona de cobertura, pagamento de franquia, prazo de carência, exigência de apresentação de BO (boletim de ocorrência), em caso de roubo ou furto, ou de nota fiscal, tempo de reposição do aparelho ou de liberação do conserto em caso de sinistro e a tabela de preços dos aparelhos para os valores a serem reembolsados são temas importantes, e que devem contar na hora da decisão.
O Seguro Celular da Pier oferece cobertura contra roubo, furto qualificado e furto simples. “Em fase piloto, está com proteção opcional contra danos à tela de iPhone, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro”, diz Flávia Molina. Ela conta que a empresa pretende expandir essa cobertura para outras regiões e aparelhos até o fim do ano.
Quanto aos planos, a seguradora tem duas opções, o Premium, que reembolsa 100% do valor do aparelho seminovo, e o Econômico, cujo montante devolvido é de 80%. “Vale ressaltar que o seguro da Pier, por ter renovação mensal, não tem implica em carência ou cobrança de franquia. O valor da mensalidade varia de acordo com o modelo e memória do smartphone, independente do tempo de uso ou do perfil do proprietário. E, para calcular o valor a ser reembolsado em caso de sinistro, usamos como base a tabela PIPE, similar à tabela FIPE dos automóveis, desenvolvida internamente na Pier”, explica a diretora de marketing da empresa.
A abrangência da cobertura é nacional e, segundo Flávia, a Pier deve ampliar em breve a proteção para viagens ao exterior. Em caso de roubo ou furto, o segurado deve bloquear o IMEI do aparelho (International Mobile Equipment Identity, um número de identificação, único), fazer boletim de ocorrência, e acionar o seguro diretamente pelo site ou aplicativo da Pier.
. Kakau – É uma plataforma digital de seguros, do grupo das insurtechs, que usa inteligência artificial para garantir agilidade e transparência na contratação e nos atendimentos a ocorrências. O Seguro Celular Kakau Protege não tem carência, nem multa, e oferece três tipos de cobertura, uma para quebra acidental, outra para roubo e furto qualificado, e outra para roubo e quebra acidental.
O preço mensal do seguro contra quebra acidental para um iPhone 12 de 128GB é R$ 89,80 por mês, segundo simulação realizada no site da empresa. O valor da indenização não é informado. Não estão cobertos o furto simples (aquele que não deixa nenhuma evidência ou vestígio), a perda do aparelho, e nem os danos decorrentes de quedas em piscina ou mar.
. Nubank – O seguro pode ser contratado por clientes do banco digital, que não se tornou uma seguradora. Ele apenas atua como “estipulante”, representante dos clientes junto à seguradora Chubb. O Nubank Celular Seguro aceita celulares comprados no exterior, e cobre eventos acontecidos em qualquer lugar do mundo. Oferece três planos de cobertura: (1) contra furto simples, furto qualificado e roubo; (2) contra danos acidentais; e (3) completa, que inclui as duas anteriores. Só é possível contratar um seguro de celular por CPF.
Os preços variam de acordo com o modelo do aparelho e a cobertura escolhida pelo cliente. Há cobrança de franquia (ou co-participação), cujo valor também depende do modelo do celular e da cobertura. Além disso, o seguro tem 30 dias de carência, contados a partir da contratação, período em que não há cobertura para o aparelho segurado.
No caso de alguma ocorrência, o segurado recebe um aparelho recondicionado igual ou similar ao que tinha, e, se não houver um aparelho igual disponível, pode ser escolhido outro, em uma lista de modelos similares. Recondicionado é o aparelho que foi usado em amostras comerciais, devolvido nos primeiros dias de compra, ou que passou por algum reparo e foi aprovado pelo controle de qualidade.
A liberação do Nubank Celular Seguro está sendo feita gradualmente para os clientes do banco. Quem quiser acelerar o processo para ter prioridade no acesso ao produto, pode colocar o nome na lista de interesse.
. Itaú – Assim como o Nubank, o seguro oferecido pelo Itaú tem a Chubb como seguradora responsável. Para contratar as coberturas contra roubo, furto qualificado e queda acidental, é preciso ser cliente do cartão Itaucard e ter mais de 18 anos.
O seguro começa a valer 24 horas depois da contratação e dura 12 meses, com possibilidade de renovação, situação em que o valor do prêmio não sofre alteração. Se o segurado trocar de aparelho, é preciso cancelar o contrato vigente e fazer um novo.
O banco também oferece serviço de assistência 24h, para auxiliar o cliente com dúvidas sobre o celular, e um reembolso de até R$ 500, para ser usado na obtenção de 2° via de documentos, nos casos de perda ou roubo.
Como nas outras empresas, o prêmio, ou seja, o custo do seguro, depende do modelo do smartphone e da cobertura contratada, mas o Itaú informa que há planos a partir de R$ 10,90 por mês. O limite de uso é a proteção a um evento de roubo ou furto qualificado a cada 12 meses, e dois eventos de quebra acidental, tanto total quanto parcial, no mesmo período.
Segundo consta no site do Celular Seguro Chubb | Itaú, a definição de quebra acidental é: inutilização do celular por quebra, em razão de acidente devidamente comprovado. Ela pode ser total ou parcial, sendo que a primeira é caracterizada quando os prejuízos, resultantes de uma mesma ocorrência, forem menores que 75% do valor de reposição do telefone celular. Já a quebra acidental total ocorre quando os prejuízos, resultantes de um mesmo sinistro, atingirem ou ultrapassarem 75% do valor de reposição do aparelho.
. Vivo – A operadora de telefonia também tem planos de proteção para aparelhos, o Vivo Seguro Celular, parceria com a Zurich que teve início em 2012. As coberturas, que podem ser contratadas também para tablets e smartwatch, são: (1) completa – contra roubo, furto simples e qualificado, e danos acidentais; (2) danos acidentais – conserto em casos de quebra ou de acidentes, como queda na água; e (3) roubo e furto.
Feita no site da Vivo, a simulação do seguro para um iPhone 12 de 128GB, em que o aparelho é avaliado em R$ 4.688,10, resulta em um custo de R$ 44,07 por mês. No caso de um Samsung S20 de 128GB, o preço fica em R$ 34,20 por mês, e o valor do aparelho é avaliado em R$ 3.637,78.